Marighella: referência de luta

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Publicado Domingo, 09 de Dezembro de 2012 às 03:04, por: CdB

Nossas homenagens aqui, neste 5 de dezembro, aos 101 anos de nascimento do mestre Carlos Marighella. Líder nato, inconteste, ele dedicou a vida à luta contra a opressão, as injustiças e as desigualdades sociais deste país. Nascido em Salvador (BA), foi um quadro político sem igual, um homem extraordinário, que tive a honra de conhecer.

Por José Dirceu, em seu Blog

Marighella sempre foi uma lenda para nós que lutávamos contra a repressão da ditadura militar, o que ele o que ele também fez como poucos até ser assassinado por ela. Perseguido por seus ideais passou a maior parte da vida na clandestinidade.

Lutou contra a opressão, foi preso e barbaramente torturado durante o Estado Novo de Vargas (1937-1945). Em 1946 elegeu-se e começou a exercer seu mandato de deputado federal pelo Partido Comunista do Brasilm(PCB), até a legenda ser proscrita em 1947 e seu mandato ser cassado em 1948.

Guerreiro, jamais desistiu do Brasil e do seu povo. Lutou contra a ditadura militar e fundou a Ação Nacional Libertadora (ALN). Aos 57 anos, com tanto ainda a contribuir, foi morto pelo regime militar numa emboscada, em 1969, na alameda Casa Branca, na capital paulista.

Seu legado permanece. Marighella foi um dos grandes formuladores do Brasil e sua vida é o testemunho, na prática, dos seus ideiais. Basta conversar com os que tiveram contato com ele. “Um homem novo”, relata sua companheira, minha querida Clara Charf, em uma belíssima entrevista concedida a este blog.

Alegra-me saber que a história de Marighella está sendo contada. Aos que não o conheceram ou nada sabem sobre sua importância, é fundamental que assistam ao excelente filme “Marighella” de Isa Grinspum Ferraz, sua sobrinha. Não deixem de ler, também, o trabalho de Mário Magalhães, lançado no mês passado, Marighella: o guerrilheiro que incendiou o mundo.

Cabe a nós e às gerações futuras cuidar de sua memória, avançando a sua luta por um Brasil realmente justo, capaz de dar igual oportunidade para todos. É o mínimo, diante do tanto que devemos a Marighella.

(Com atualização feita pela redação do Vermelho)

 

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