O governo, já que não baixou o juro básico da economia, deveria tomar alguma medida para reduzir as taxas cobradas dos consumidores e empresários, segundo avaliação da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo).
– O que não conseguimos aceitar é que, apesar de a Selic estar em 26,5%, que já é uma taxa alta, os juros para o consumidor cheguem a 240% ao ano. É uma distorção que só prejudica o comércio, principalmente o setor de bens duráveis, que mais depende de crédito – disse o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.
A expectativa da federação é que a taxa básica de juros possa iniciar uma trajetória de queda, tendo como base o comprometimento das vendas do varejo no próximo ano.
– Isso porque a redução da Selic não traria impacto imediato para o comércio, pois a variação demora em média oito meses para chegar ao consumidor – informou.
Uma redução no juro nesse momento, portanto, surtiria efeito somente em 2004.
Neste ano, a estimativa é de que o comércio crescerá, no máximo, 1%, segundo a Fecomercio.