O Santander Brasil divulgou nesta quinta-feira que encerrou o terceiro trimestre com queda anual de 8,5% no lucro líquido gerencial, em meio a aumento da inadimplência e das despesas com provisões para calotes na comparação com o mesmo período do ano passado.

O banco obteve lucro líquido gerencial de R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre, ante R$ 1,641 bilhão no mesmo período de 2011. O lucro que a instituição chama de “societário”, ou contábil, somou R$ 591 milhões e o banco não fez comparação com o terceiro trimestre de 2011.
O balanço de 2011 foi divulgado no padrão contábil IFRS e, a partir deste ano, o banco publica seus números pelo padrão brasileiro BR GAAP.
Analistas consultados pela agência inglesa de notícias Reuters estimavam lucro recorrente de R$ 748,7 milhões, mas não ficou imediatamente claro se o dado é comparável ao lucro contábil.
O Santander Brasil fechou o período de julho a setembro com aumento no índice de inadimplência para operações vencidas há mais de 90 dias para 5,1% ante 4,9% no segundo trimestre e 4,3% na comparação anual.
Apesar disso, o Santander reduziu o volume de provisões para perdas com crédito para R$ 3,23 bilhões, ante R$ 3,81 bilhões no segundo trimestre, em meio a uma renegociação de empréstimos no trimestre passado que atingiu R$ 10,82 bilhões, contra R$ 6,6 bilhões no mesmo período de 2011.
– Nestas operações estão incluídos os contratos de crédito que foram prorrogados e/ou modificados para permitir o seu recebimento em condições acordadas com os clientes, inclusive as renegociações de operações baixadas a prejuízo no passado – informou o Santander no balanço.
Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, porém, houve alta de 29,7%, no volume provisionado.
A carteira de crédito do banco, enquanto isso, fechou setembro em R$ 207,3 bilhões, crescendo 10,1% em 12 meses.
A receita com prestação de serviços e tarifas avançou 12,7%, a R$ 2,54 bilhões, enquanto as despesas gerais subiram 12%, a R$ 4 bilhões.
O índice de eficiência encerrou o trimestre passado em 45%, ante 45,9% registrados no mesmo período de 2011 e 41,9% no segundo trimestre. Quanto menor o indicador, mais eficientes são os controles de custos de um banco.