Líderes iraquianos serão julgados, promete Irã

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Publicado Segunda, 14 de Abril de 2003 às 11:52, por: CdB

O Irã adiantou que não permitirá a entrada de líderes iraquianos em seu território e irá julgar por crimes de guerra - contra o Irã - aqueles que entrarem ilegalmente, informou a tevê estatal. "Se qualquer líder iraquiano quiser entrar legalmente no Irã, iremos naturalmente rejeitá-lo", teria dito o porta-voz do Ministério do Exterior, Hamid Reza Asefi. "Os guardas iranianos observam cuidadosamente qualquer atividade ao longo de nossa fronteira com o Iraque", acrescentou. Uma guerra de 1980 a 1988 entre os dois países provocou maciça destruição e matou ou feriu cerca de 1 milhão de pessoas dos dois lados. O Irã acusa o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein de ter usado gases venenosos durante o conflito, matando centenas de milhares de soldados e civis. O Irã nunca escondeu que queria ver a derrubada de Saddam, mas se opôs fortemente à campanha militar liderada pelos EUA contra o Iraque, em parte porque se preocupa com uma forte presença americana no país vizinho. Asefi disse que o ministro do Escritório do Exterior da Grã-Bretanha, Mike O´Brien, garantiu no último domingo ao Irã que a presença das forças lideradas pelos EUA será "limitada", segundo a agência de notícias IRNA. Asefi sublinhou que o Irã continuará buscando reparações de guerra do Iraque. Teerã sustenta ter sofrido perdas estimadas em US$ 1 trilhão durante a guerra. Apesar de um cessar-fogo mediado pelas Nações Unidas em 1988, o Irã e o Iraque não assinaram um tratado de paz, e questões relacionadas à demarcação de fronteiras e reparações ainda têm de ser resolvidas.

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