O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), disse que poderá apresentar relatório paralelo ao final dos trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, "caso alguns personagens envolvidos na quadrilha sejam blindados pela comissão".
A afirmação foi feita após a dispensa do depoente de hoje, André Teixeira Jorge, que obteve habeas corpus para permanecer em silêncio. “Estamos diante de um dos principais ajudantes de ordem da organização. Este senhor se senta aqui, é dispensado sem nenhum questionamento. Vejo que não há uma vontade maior de aprofundar as investigações, de buscar verdade. Não estamos aqui de brincadeira”, protestou Bueno.
A decisão de liberar sem perguntas os depoentes que apresentarem habeas corpus foi tomada pela comissão após votação, mas muitos deputados continuam questionando esse procedimento.
Bueno disse que, se realmente estiver havendo um grande “acordão” para livrar os políticos suspeitos de envolvimento com o esquema Carlinhos Cachoeira/Delta, ele irá denunciar o caso em relatório paralelo. “Vamos preparar um relatório de acompanhamento dessas investigações. Se no final essa CPI não der em nada, iremos denunciar isso à sociedade”, alertou o líder do PPS.
O PSDB também ameaçou apresentar relatório paralelo.
Da Redação/WSCom informações do PPS