Líder das Farc nega que grupo rebelde esteja enfraquecido

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Publicado Sábado, 07 de Abril de 2012 às 16:09, por: CdB

Farcs libertaram reféns que estavam detidos há 12 anos

Um dos líderes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) negou que o grupo esteja enfraquecido e afirmou que os rebeldes continuam prontos para a batalha.

O líder, que adotou o nome de Ivan Marquez mas cujo nome real é Luciano Marin Arango, negou em um vídeo as alegações dos militares colombianos de que o grupo está mais fraco.

Marquez defendeu as ações das Farc e rejeitou acusações de que o grupo comete atos de terrorismo.

No vídeo, que acredita-se ter sido gravado no dia 24 de março, Marquez afirma que as afirmações que as Farc tinham acabado estão erradas.

"Existe um intenso confronto político e militar e uma crescente mobilização dos setores sociais", disse Marquez, que é mostrado no vídeo sentado em uma mesa em frente a uma grande imagem do líder já morto das Farc Manuel Marulanda.

Ele acrescentou que os rebeldes estão tentando "conseguir a solidariedade das pessoas do mundo todo" para sua luta.

Nesta semana, os rebeldes libertaram dez reféns, militares e policiais detidos há mais de 12 anos, em uma operação executada por militares brasileiros, na selva colombiana.

A libertação foi considerada por analistas colombianos como sinal de debilidade do grupo e um considerável gesto de boa vontade em favor da paz.

Nova estratégia

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse em março que ataques militares contra as Farc, realizados recentemente, enfraqueceram o grupo.

Mais de 60 rebeldes foram mortos em ataques realizados nas províncias de Meta e Arauca.

Estes ataques são parte de uma nova estratégia das forças de segurança do país que visa eliminar os comandantes regionais das Farc e atingir a logística e suprimentos do grupo.

Santos determinou o uso desta nova estratégia depois da morte, nos últimos dois anos, de dois dos mais importantes comandantes das Farc, Mono Jojoy e Alfonso Cano.

Os rebeldes das Farc lutam contra o governo da Colômbia desde os anos 1960 e, na última década, eles teriam perdido cerca de metade de sua força e hoje contam com cerca de 8 mil integrantes.

Mas o grupo ainda tem muita força em grandes áreas rurais da Colômbia, graças ao dinheiro que ganhou com o tráfico de cocaína.

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