Libaneses fazem passeata em prol de político cristão

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Publicado Domingo, 11 de Outubro de 2015 às 08:03, por: CdB
Por Redação, com Reuters - de Beirute: Milhares de libaneses fizeram passeata até o palácio presidencial nos arredores de Beirute neste domingo em demonstração de apoio ao político cristão Michel Aoun, pedindo a ele que ocupe a cadeira presidencial que está vaga há mais de um ano. Agitando bandeiras laranjas do Movimento Patriótico Livre (MPL), eles ocuparam as ruas do distrito de Baabda, onde fica o palácio presidencial do Líbano, em comício pró-Aoun. Um cristão maronita não pode ocupar a presidência, mas a cadeira está vaga devido à crise política alimentada pelos conflitos regionais, como a guerra na vizinha Síria.
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Agitando bandeiras laranjas do Movimento Patriótico Livre (MPL), eles ocuparam as ruas do distrito de Baabda
– O presidente da república não deve ser simplesmente qualquer um que ocupe o cargo, como alguns desejam – disse Aoun ao público que gritava "Aoun para presidente da república!". – O presidente deve ser alguém como vocês, que reflita o que vocês são, que rejeite a opressão e que lute pelos seus direitos – afirmou. O comício foi marcado para relembrar os eventos de outubro de 1990, quando se aproximava o fim da guerra civil libanesa e o exército da Síria capturou Baabda e muitos soldados libaneses leais a Aoun acabaram mortos. Aoun, líder de uma das duas administrações vigentes no país naquela época, que lutavam entre si para disputar o poder, foi retirado do palácio presidencial à força e depois mandado a exílio. Aoun, um aliado do poderoso grupo xiita libanês Hezbollah, deixou claro que quer a presidência do país, mas faltaria a ele o apoio da aliança rival liderada pelo político sunita Saad al-Hariri. Esse bloco inclui proeminentes adversários cristãos, como o inimigo de Aoun na guerra civil, o também cristão Samir Geagea, que também se candidatou à presidência. Aoun, que já declarou que cristãos são politicamente marginalizados no Líbano, afirmou que o presidente deve ser eleito via votação popular caso o parlamento não entre em acordo.  
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