Lessa: 'BNDES investirá no progresso'

Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa deixou claro que buscará resgatar o D de Desenvolvimento que ficou perdido nos últimos 10 anos, "quando o Banco se voltou para negócios e privatizações", disse. - Durante esse período, o país não cresceu nem gerou emprego - afirmou. Mas garantiu que não haverá ruptura de contratos em sua gestão. O BNDES dará prioridade ao desenvolvimento econômico, tendo como meta a inclusão social. Informou que a exportação de produtos aéreos pode continuar a ser apoiada pelo Banco. Já com relação ao transporte aéreo, o BNDES terá de conversar com os Ministérios da Defesa e do Desenvolvimento. Lessa defendeu que o Brasil tenha sua grande empresa áerea. Ele disse que o BNDES vai trabalhar em parceria com a Petrobras para que o Brasil produza itens atualmente importados. Em todos os segmentos de petróleo e gás há demanda firme e altíssima tecnologia, afiançou, observando que as universidades brasileiras, em especial a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da qual foi reitor, detêm o saber, o que favorece a substituição de importações por produtos fabricados internamente. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, durante a solenidade em que o economista Carlos Lessa recebeu o cargo de presidente do BNDES tem sido o grande promotor do mercado de capitais. Furlan espera que, nesta administração, seja implantado o plano diretor do mercado, elaborado com a participação e o apoio do presidente Lula e sua equipe, constituindo-se num importante gerador de poupança e crescimento. Luiz Fernando Furlan concordou com o presidente do BNDES sobre a necessidade de se investir em infra-estrutura e logística no país. Segundo o ministro, o custo Brasil tira cerca de 10%, ou mais, da competitividade brasileira. Indústrias estratégicas devem ser apoiadas pelo BNDES, afirmou Furlan, citando a relevância crescente do setor de serviços para o mundo.