Lava Jato: Polícia transfere mais presos para Complexo Médico-Penal

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Publicado Terça, 18 de Agosto de 2015 às 09:55, por: CdB
Por Redação, com agências de Curitiba: O delegado Igor Romário de Paula, pediu nesta terça-feira a transferência de dois presos da Operação Lava Jato para o Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, o delegado alegou dificuldades de espaço para manter os acusados na carceragem. O complexo é uma penitenciária de regime fechado e com finalidades médicas.
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O complexo é uma penitenciária de regime fechado e com finalidades médicas
Os investigados da Lava Jato que foram levados para o complexo são: o ex-diretor da Área Internacional Jorge Zelada, preso durante a 15ª fase da operação Lava Jato, e Celso Araripe de Oliveira, ex-gerente da Petrobras. Segundo informações do portal G1, Flávio David Barra, presidente global da AG Energia,  que é controlada pelo grupo Andrade Gutierrez, também teve a transferência autorizada pelo juiz Sérgio Moro. A Polícia Federal informou que ele não foi transferido nesta terça junto com os outros dois presos porque tem visita programada de parentes nesta quarta-feira.

Omitiu informação

Em ofício enviado na segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), o juiz Sérgio Moro disse que um dos delatores da Operação Lava Jato omitiu a informação de que teria pago propina ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No documento, Moro explica que homologou o acordo de colaboração de Júlio Camargo porque não tinha conhecimento sobre o suposto envolvimento de Cunha, que só pode ser processado e julgado pelo Supremo. A manifestação de Moro foi motivada por ações movidas pelo ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e o empresário Fernando Antônio Soares, conhecido como Fernando Baiano. Eles tentam suspender a sentença proferida nesta segunda-feira pelo juiz. Além dos acusados, Cunha também pediu que o processo fosse paralisado antes da sentença, por ter sido citado pelo delator. Segundo o juiz, somente no depoimento prestado no mês passado ele teve conhecimento das suspeitas em relação ao presidente da Câmara. “Não se pode, ainda, afirmar que o acordo de colaboração celebrado por Júlio Camargo não poderia ter sido homologado por este juízo em outubro de 2014, porque, em 16 de julho deste ano, revelou fato que havia então omitido, de que parte da propina nos contratos dos navios-sonda havia sido destinada ao referido deputado federal [Cunha]”, justificou Moro. Em julho, Camargo, ex-consultor da empresa Toyo Setal, informou a Moro, responsável pelos inquéritos da Operação Lava Jato na primeira instância, que Eduardo Cunha pediu US$ 5 milhões em propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado. Diante do depoimento, Cunha voltou a negar que tenha recebido propina de Júlio Camargo. Seus advogados também pediram a suspensão do processo, por entenderem que cabe ao Supremo presidir o inquérito, em razão da citação do presidente da Câmara, que tem prerrogativa de foro. Ainda não houve decisão do STF.  
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