Lâmpadas depositadas irregularmente são retiradas de área em Canoas

Arquivado em:
Publicado Quinta, 15 de Março de 2012 às 11:14, por: CdB

A Prefeitura de Canoas, através da Secretaria de Meio Ambiente (SMMA), em parceria com a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), retirou na tarde desta quinta-feira, 15, as cerca de 30 mil lâmpadas fluorescentes que foram descartaadas irregularmente em área da Avenida Antônio Frederico Ozanan, no bairro Brigadeira (próximo ao pátio da Refap). O material foi recolhido por uma empresa da cidade de Indaial, em Santa Catarina, que faz a reciclagem das lâmpadas.

Após a ação os técnicos da SMMA vão analisar o solo e medir o grau de contaminação do solo. "A polícia civil vai buscar os responsáveis para puní-los dentro do código ambiental. Pedimos ajuda da população que denuncie caso veja alguém efetuando este tipo de descarte. Essas lâmpadas podem causar danos ambientais gravíssimos, e diversos problemas de saúde", alertou o secretário da SMMA, Celso Barônio.

Através da parceria existente entre a Prefeitura de Canoas e a Refap, a empresa petrolífera assumirá o valor do transporte e da reciclagem das lâmpadas como forma de compensação ambiental de suas atividades.

Punições -

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) também foi comunicada, uma vez que o crime é considerado de Classe 1 (nível mais grave de contaminação), podendo causar problemas de saúde para a população e graves riscos ambientais. A punição, por se tratar de um crime considerado gravíssimo pode chegar a multas de até R$ 5 milhões e prisão dos responsáveis pelo descarte. O proprietário do terreno também será acionado para que dê a destinação adequada àquele passivo ambiental, e para que mantenha o terreno cercado e sem a possibilidade de novos lançamentos de produtos no local.

Isolamento -

O local foi isolado e serão colocadas barreiras para que novos dejetos não sejam depositados. Além disso a Guarda Municipal passará pelo local em horários alternados . "O que mais preocupa, no entanto é o risco de algum desavisado ou mesmo criança passar por ali e ficar exposto, por acidente, imperícia ou desconhecimento aos riscos do vapor. Poderia comprometer sua saúde pelo resto da vida. Este fato torna mais grave a responsabilidade, ou melhor dizendo, a irresponsabilidade de quem descartou o resíduo", Barônio.

Problemas de saúde -

As lâmpadas fluorescentes tubulares, como as encontradas no terreno, contém de forma geral mercúrio, cádmio, pós de fósforo, além de chumbo, este último misturado no seu vidro. Aquele primeiro apresenta-se sob a forma de vapor ( a mais perigosa) e também em fase sólida (em maior quantidade) misturado junto ao fósforo.

"O pó de fósforo, por exemplo, podem facilmente passar de estado sólido para líquido e carregar junto consigo os metais pesados associados a ele para o solo, contaminando-o. Seguindo este caminho atingirá os mananciais de água, podendo acarretar danos nas nas relações do conjunto de seres vivos daquele ambiente, inclusive o homem", explica Barônio.

"No ser humano, o mercúrio acumulado provoca hiperatividade. Ele também pode levar a uma desordem neuromuscular como contrações, dores, tremores, caibras, diminuição de força. assim com a uma perda de apetite. Após atingir o sistema nervoso central pode provocar entre outros males, tendência convulsiva. Causa ainda problemas renais e no metabolismo celular", completou.

 

Crédito da notícia: Euclides Bitelo
Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo