Khair também não acredita em baixa da Selic

Arquivado em:
Publicado Sábado, 18 de Junho de 2011 às 09:55, por: CdB

Convido vocês a ler o Amir Khair, seu artigo na Carta Maior, "Política de juros precisa mudar". No texto, o mestre e consultor constata que apesar de o Brasil estar com uma economia estável, beneficiar-se dos preços das comodietes, e inflação em baixa não há indícios de que o Banco Central (BC) irá baixar a Selic.

"É importante considerar o quadro externo - pondera Khair - para avaliar seu impacto no Brasil. Para sair da crise, os países desenvolvidos emitiram moeda para socorrer seus sistemas financeiros, entupidos de títulos pobres de magnitude desconhecida. Essas emissões serviram para transformar a dívida privada em pública. Isso mesmo: Grã-Bretanha e EUA não estão nem aí para a inflação. As duas nações fazem de tudo para crescer – até emitir moeda. Isso mesmo, papel." (leiam mais na nota "O que se passa no Banco Central?")

Ora, diante dessa avalanche de liquidez, lembra Khair, há uma procura de ganhos com juros mundo afora. Como sempre o Brasil e suas altas taxas são um dos destinos preferidos. No fim do ano passado este cenário parecia estar se revertendo, lembra o articulista.

A política de juros altos e seus malefícios

No dia 6 de dezembro, por exemplo, ao invés de elevar a Selic conforme queria o mercado financeiro, o governo optou por lançar medidas macroprudenciais, justificando que preferia aguardar um tempo para verificar seus efeitos sobre o mercado de crédito.

Mas a reversão não ocorreu. Apesar de o BC ter vindo a público mostrando os bons resultados alcançados por aquelas medidas, pressionado pelo mercado financeiro, em 19 de janeiro deste ano ele reiniciou o ciclo de elevação da Selic e não parou mais de aumentá-la.

Assim, ficamos com esta política e os vários malefícios dela resultantes - desindustrialização, desestímulos ao investimento, supervalorização cambial e ausência de uma discussão plena da reforma tributária.


Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo