Juros do cheque especial são os menores desde junho de 2001

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Publicado Terça, 25 de Novembro de 2003 às 11:46, por: CdB

As taxas de juros cobradas no cheque especial recuaram 4,8 pontos percentuais em outubro, chegando a 147,4% ao ano. Esse é o menor patamar desde junho de 2001, quando a taxa registrada foi de 147,1%. No trimestre, a queda é de 26,5 pontos percentuais, segundo nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro divulgada pelo Banco Central.

A taxa de juros média cobrada pelos bancos das pessoas físicas e jurídicas voltou a cair em outubro, como reflexo da redução da Selic. No mês passado, a taxa média foi de 48,6%, a mais baixa desde outubro de 2002, quando era de 45,7%, informou o BC. Em setembro deste ano, a taxa média foi de 49,8%.

O volume de empréstimos para pessoas físicas cresceu 1,9% em outubro em relação ao mês anterior, para R$ 86,4 bilhões. "Os resultados de crédito pessoal vêm refletindo a queda das taxas de juros cobradas pelas instituições financeiras", disse o BC em comunicado.

O spread médio (diferença entre o custo de captação do dinheiro pelo banco e o cobrado do cliente) cobrado nas operações financeiras caiu para 30,5 ponto percentual em outubro ante 30,6 ponto percentual em setembro. O patamar é o mais baixo desde setembro do ano passado, quando a taxa estava em 30,1 ponto percentual.

O BC informou ainda que o volume das operações de crédito com pessoas jurídicas aumentou 0,6% em outubro contra setembro, para R$ 131,9 bilhões.

De acordo com o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, as quedas das taxas de uma forma geral tem elevado a procura por crédito. "A taxa de crescimento do crédito de forma consolidada não se observa o aumento tão expressivo, mas há de se olhar por dentro, por modalidade", afirmou.

Segundo ele, no caso das pessoas jurídicas já se identifica - do ponto de vista de modalidade de crédito - um crescimento razoável, principalmente para investimento. De acordo com a nota, o volume de crédito destinado à aquisição de bens em outubro cresceu 5%, de R$ 4,06 bilhões para R$ 4,26 bilhões.

A taxa Selic em outubro foi reduzida de 20% ao ano para 19%. Em novembro, o BC fez mais uma redução, de 1,5 ponto percentual para 17,5%.

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