Jornal espanhol adverte: Amazônia pode desaparecer

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Publicado Segunda, 10 de Dezembro de 2007 às 10:59, por: CdB

O jornal El Pais de Madri publica nesta segunda-feira reportagem de seu correspondente no Rio de Janeiro, Juan Arias, sob o título de "A sangria da Amazônia", denunciando que "em três anos foram destruídos 700 mil quilômetros de selva".

A reportagem afirma que "o desflorestamento contamina e muito: para caa quilômetro quadrado destruído se selva, são produzidas 22 mil toneladas de CO2". O correspondente cita o biólogo José Márcio Ayres, criador da reserva Mamirauá, que morreu "como um Quixote, lutando contra os moinhos de vento, denunciando a venda ilegal de terras e o eminente fim da selva".
 
O jornalista espanhol assegura que em 2007 já foram registrados mais de vinte mil incêndios propositais, "num território onde cabem dez Espanhas e que tem de tudo: planície, montanhas, terras alagadas, que abrigam 23 milhões de pessoas e a maior biodiversidade do planeta, em um arquipélago com oito ilhas fluiviais que detém 23 por cento de toda a água potável do mundo, e cujas riquezas continuam sendo descoberetas a cada dia, o que leva o mundo a ter seus olhos nesse gigante que tem um ventre de madeiras nobres e o maior conjunto de minerais do mundo produzindo de diamantes a caolim, a cobiçada matéria prima usada na indústria de cerâmica, de cosméticos e de medicamentos".
A reportagem, em tom dramático adverte que "o pulmão verde também contamina e em três anos gerou mais dióxido de carbono do que a populosa cidade de São Paulo com seus 20 milhões de habitantes".

E assegura que  "se não for contida a devastação, a Amazônia está condenada a desaparecer. Segundo o biologo americano William Laurence, pesquisador do Smithsonian Tropical Reserche Instituto, antes de 20 anos, só ficarão 28% dos atuais quatro milhões de quilômetros quadrados da selva brasileira que em 30 anos foi mais destruída do que em 450 anos de colonização".
 

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