O presidente do Senado, ainda de licença, está entre as 150 pessoas físicas e jurídicas citadas no relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da grilagem de terras na Amazônia, a ser divulgado nesta terça-feira na Câmara dos Deputados. E o deputado Sérgio Carvalho, relator da CPI, já adiantou que pedirá o indiciamento de todos os citados no relatório.
No caso de Barbalho, o relatório afirma que o parlamentar, à época em que esteve à frente do ministério da Reforma Agrária, entre 1987 e 1988, promoveu desapropriações irregulares de terras no Pará.
Segundo as informações apuradas pela CPI, Barbalho seria dono de pelo menos sete por cento das terras de todo o estado do Pará, seu reduto eleitoral e segundo maior estado brasileiro em área.
Ao tomar conhecimento do relatório, o presidente licenciado do Senado divulgou, nesta segunda-feira, uma nota contestando as informações.
“A CPI da grilagem de terras nunca teve o interesse da mídia. Eis que surge um novo relatório, incluído às pressas no resultado final”, afirmou Barbalho.
O senador também classificou a CPI como sendo de “nítido intuito politiqueiro, aproveitadora da onda de denuncismo e caluniadora de mais uma molecagem inconseqüente”.