Representantes de Israel e da Síria anunciaram nesta terça-feira , durante a conferência internacional sobre uso o acesso à energia nuclear de uso civil, realizada em Paris, que seus países têm interesse em desenvolver a energia nuclear.
O ministro Nacional de Infraestrutura de Israel, Uzi Landau, afirmou que a construção de uma nova usina estaria sujeita a controles estritos de segurança e atrairia nova atenção às atividades nucleares do país.
As matrizes de energia de Israel são basicamente carvão e gás importado. Landau afirmou ainda que o país, único do Oriente Médio a possuir armamento nuclear, tem capacidade para construir, sozinho, uma usina nuclear para a geração de energia, mas que prefeririam, no entanto, fazer isso em parceria com um outro país. Hoje, Israel possui dois reatores nucleares: em um deles, acredita-se ter sido desenvolvido o armamento nuclear; já o outro é destinado a pesquisas e aberto a inspeções.
Já o representante da Síria, Faysal Mekdad, vice-ministro das Relações Exteriores, defendeu que o uso pacífico da energia nuclear não pode ser monopolizado por poucos países. Mekdad disse também que a Síria busca fontes de energia alternativas para atender a demanda, apontando para o crescimento da população.
Considerada uma alternativa aos combustíveis fósseis em tempos em que o aquecimento global tornou-se um dos principais desafios, a discussão em torno da energia nuclear como opção para o futuro gerou interesses em todo o mundo, e o Oriente Médio não é exceção. A conferência sobre o acesso à energia nuclear civil é organizada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE).