Israel ampliará assentamentos na Cisjordânia

Israel planeja construir 740 novas casas em assentamentos na área ocupada de Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, disse um ministro israelense, apesar de seu compromisso de paralisar essas construções.

Rafi Eitan, ministro para Assuntos de Jerusalém, disse que o país nunca prometeu parar as construções dentro da cidade e que tem o dever de abrigar seus cidadãos.

Verba para a construção de 500 moradias em Har Homa e 240 em Maaleh Adumim está prevista no orçamento nacional de 2008.

Israel anexou Jerusalém Oriental em 1967, na Guerra de Seis Dias, mas a iniciativa não foi
reconhecida internacionalmente.

Um porta-voz palestino condenou os planos, acusando Israel de buscar destruir o processo de paz de Annapolis.

— Todos os dias nós ouvimos um novo plano de expansão de assentamento. Isso não pode ser tolerado —, disse o negociador palestino Saeb Erekat.

Planos de sete anos

Palestinos e israelenses concordaram em reunião na cidade americana de Annapolis no final de novembro em reavivar o plano de paz de 2003, que previa que Israel deveria suspender todas as atividades nos assentamentos e os palestinos, por sua vez, teriam que controlar seus militantes.

Pouco depois da conferência, contudo, Israel anunciou intenção de construir 300 moradias em Har Homa, que o país considera parte integrante de Jerusalém.

O governo israelense argumentou que essas novas casas eram parte de planos formulados há sete anos, e que a área, conhecida em árabe como Abu Ghneim, não era coberta pelo processo de paz.

Milhares de pessoas vivem em assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental, que deverão permanecer em mãos israelenses sob qualquer acordo final de paz.

Críticos alegam que a rede de assentamentos vai prejudicar qualquer tentativa futura de fazer de Jerusalém Oriental a capital de um Estado palestino.