Iraque recebe promessa de US$ 30 bi para reconstrução

Arquivado em:
Publicado Quinta, 03 de Maio de 2007 às 15:17, por: CdB

Mais de US$ 30 bilhões de ajuda financeira e amortização de dívida foram oferecidos nesta quinta-feira ao Iraque, durante uma conferência no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh, na península do Sinai, de acordo com anúncio feito no fim do primeiro dia de reuniões pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon.

- Vários países fizeram compromissos concretos sob o Pacto (Internacional com o Iraque) hoje. Houve grande apoio particularmente aos termos do Clube de Paris sobre a dívida do Iraque -, disse o sul-coreano, explicando que o montante de US$ 30 bilhões incluía promessas feitas por Bulgária, China, Arábia Saudita, Espanha, Dinamarca e Coréia do Norte.

O Clube de Paris é um grupo informal de autoridades financeiras de 19 dos países mais ricos do mundo que fornece serviços no setor, como reestruturação ou amortização de dívidas. O Clube decidiu cancelar as dívidas do Iraque com seus membros em 80%.

Representantes de cerca de 50 países participaram das reuniões do primeiro dia de conferência, que busca firmar parcerias para estabilizar o Iraque por meio de compromissos da comunidade internacional, de um lado, e o cumprimento de exigências feitas ao governo iraquiano, de outro.
Vários países pediram às autoridades iraquianas que trabalhem mais para combater o aumento da violência sectária no país, acabar com a corrupção e chegar a uma reconciliação nacional.

O primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, disse estar confiante de que seu governo é capaz de acabar com a violência.

- Eu posso dizer com uma grande certeza que sim, nós vamos ser capazes, se Deus quiser, de assumir o controle total da situação de segurança no Iraque -, ressaltando que é preciso ter em mente que este controle depende de vários fatores, incluindo o apoio prometido ao Iraque neste pacto internacional.

- O Iraque precisa de apoio político e econômico, além de cooperação na nossa luta contra o terrorismo. O terrorismo não é um fenômeno iraquiano, é uma tendência que se estende para além de nossas fronteiras e outras partes da região -, afirmou Al-Maliki.

O porta-voz do Al-Dbagh disse que os países têm de parar de achar que estão em um "porto seguro e livres do terrorismo".

EUA e Irã

Nesta quinta-feira outra reunião aguardada, de Condoleezza Rice com o ministro do Exterior da Síria, Walid al-Mualem, se concretizou. Os dois conversaram durante cerca de meia hora, no que foi o encontro das mais altas autoridades de EUA e Síria desde fevereiro de 2005, quando o ex-primeiro-ministro libanês, Rafik Hariri, foi assassinado.

Os Estados Unidos acusam Síria e Irã de promover a violência no Iraque ao não evitar com que armas e militantes cruzem as fronteiras dos dois países com o Iraque.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo