Iraque promete revidar guerra com atentados suicidas

Arquivado em:
Publicado Sábado, 01 de Fevereiro de 2003 às 14:02, por: CdB

Se iniciarem mesmo uma nova guerra no Golfo Pérsico, os Estados Unidos deverão se preparar para pagar um doloroso ônus: atentados suicidas. O alerta foi feito pelo vice-presidente do Iraque, Taha Yassin Ramadan, entrevistado pelo jornal alemão Der Spiegel. O jornal antecipou, neste sábado, trechos da entrevista especial que será publicada na próxima segunda-feira. "Os mártires, autores dos atentados suicidas, são nossas novas armas e não vão agir apenas no Iraque", avisou Ramadan. "Os povos árabes vão ajudar o povo iraquiano na luta por sua independência e liberdade". "Será um incêndio em toda região", ressaltou. "Esta parte do mundo (o Golfo) se tornará um mar de resistência aos norte-americanos e um perigo para eles". Segundo Ramadan, George W. Bush não terá a mesma sorte que seu pai, George Bush, então presidente dos Estados Unidos, experimentou na Guerra do Golfo, entre 1990 e 1991. "Dessa vez, vai ser muito pior do que da outra", afirmou. "Principalmente onde os soldados norte-americanos se encontram, na Arábia Saudita e no Kuwait". Esta semana, o Departamento de Estado norte-americano emitiu alertas contra viagens justamente para a Arábia Saudita e o Kuwait e aconselhou os cidadãos que se encontram nos dois países a voltar para casa. Na sexta-feira, durante uma reunião com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, em Washington, Bush disse que acolheria favoravelmente uma nova resolução das Nações Unidas sobre o Iraque se a mesma pudesse contribuir para enfatizar a mensagem de que a comunidade internacional está decidida a desarmar o regime de Saddam Hussein. Por outro lado, Bush descreveu o novo convite do Iraque, por diálogo com os inspetores de armas da ONU, como mais uma tática de adiamento de Saddam.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo