No sábado, a Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) aprovou uma resolução pedindo que o Irã suspenda seu programa de enriquecimento de urânio.
A resolução exige também que o país permita o acesso de inspetores da AIEA a várias instalações nucleares e forneça todas as informações solicitadas pelos representantes da agência.
Estados Unidos, França e Alemanha encabeçaram a lista dos países que exigiam medidas imediatas do órgão da ONU com relação ao Irã.
Em junho desse ano, o presidente iraniano, Mohamed Khatami, já havia anunciado que seu país iria retomar o enriquecimento de urânio. "Dispomos de um programa de enriquecimento de urânio para obter o combustível necessário para as centrais nucleares", disse o Khatami em Teerã.
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohammed El-Baradei, disse na última sexta-feira, que não há sinais de que uma instalação iraniana, considerada suspeita pelos Estados Unidos de abrigar atividades nucleares irregulares, esteja de fato sendo usada para tais fins.
O governo iraniano também afirmou que vai bloquear inspeções da ONU em instalações nucleares se o caso for levado ao Conselho de Segurança da instituição.
O Irã assinou em dezembro do ano passado, o Protocolo ao Tratado de Não-Ploriferação Nuclear e entre outras coisas, ele prevê que o Irã aceite visitas surpresas nas suas usinas nucleares.
Por sua vez, o presidente do Parlamento iraniano, Gholam Ali Haddad Adel, advertiu que o Legislativo pode abster-se de ratificar a assinatura pelo governo de Teerã do Protocolo Adicional do TNP "se vermos que não serve aos interesses do Irã".
Vale lembrar que, os próprios Estados Unidos e até mesmo o Brasil, não assinaram esse Protocolo.
Os EUA não mant