Investimento externo no país se retraiu em 2002

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Publicado Sábado, 06 de Setembro de 2003 às 11:36, por: CdB

O investimento estrangeiro direto destinado ao Brasil caiu no ano passado em quase US$ 6 bilhões, segundo informações da ONU. O investimento externo para os países da América Latina e do Caribe como um todo também caiu, em um terço, no mesmo período.
O levantamento mostra que a queda segue um comportamento global.

Em termos mundiais, os investimentos de um país para outro caíram em 20% em 2002, devido à piora na performance dos mercados de ações e à queda da atividade econômica.
O relatório, preparado pela Conferência sobre Comércio e Desenvolvimento da ONU (Unctad, na sigla em inglês), mostra que apenas a China continuou a atrair mais capital estrangeiro do que em anos anteriores.

Telecomunicações

No caso do Brasil, o fluxo de investimento direto caiu de US$ 22,5 bilhões em 2001 para US$ 16,6 bilhões em 2002.O país ficou em 12º lugar na lista dos que mais atraíram capital estrangeiro no ano passado.

A Unctad disse que a queda foi mais sentida nos setores de telecomunicações, eletricidade e gás.
A avaliação foi de que o investimento de empresas multinacionais foi atraído pela desregulamentação, pelas privatizações e pelas perspectivas de crescimento percebidos na década de 90.

A queda da atividade econômica e a desvalorização do real fizeram com que os lucros dessas empresas fosse reduzido, fazendo com que novos investimentos fossem encurtados.
Segundo o relatório, o volume de investimento externo direcionado para a América Latina e para o Caribe ficou em US$ 56 bilhões (R$169,5 bilhões) em 2002.

As razões apontadas para a queda sofrida pela região como um todo foram as incertezas políticas e crises financeiras. No caso da Argentina, onde a moeda sofreu uma forte desvalorização, o fluxo de investimentos diretos de US$ 1 bilhão ficou apenas em 10% da média anual registrada pelo país entre 1992 e 2001.

No mundo em desenvolvimento, a África foi a região mais atingida pela queda geral no investimento, atraindo apenas 2% de todo o dinheiro direcionado a países mais pobres.
Mas houve uma notícia boa. O investimento na indústria de petróleo de Angola cresceu a um nível comparável ao alcançado pelas Filipinas.

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