Inflação segue mais comportada e melhora a confiança do consumidor

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Publicado Quarta, 24 de Agosto de 2016 às 08:40, por: CdB

Com a inflação mais controlada, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,6 pontos em agosto em relação ao mês anterior, atingindo 79,3 pontos, maior leitura desde janeiro de 2015 (81,2 pontos)

 
Por Redação - de São Paulo
  A confiança do consumidor do Brasil subiu pelo quarto mês seguido em agosto e atingiu o maior patamar em mais de 1 ano e meio, com a melhora do sentimento com a situação atual, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas, nesta quarta-feira.
cafe-1.jpgO consumidor eleva sua confiança de que a economia começa a melhorar e, com a inflação controlada,  índice sobe para a melhor posição desde o ano passado
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 2,6 pontos em agosto em relação ao mês anterior, atingindo 79,3 pontos, maior leitura desde janeiro de 2015 (81,2 pontos). O destaque no mês foi a alta de 3,8 pontos no Índice da Situação Atual (ISA), atingindo 69,5 pontos. Em junho, o ISA havia chegado à mínima histórica da pesquisa. — Em agosto..., a maior contribuição veio do aumento da satisfação com a situação presente, um sinal favorável, considerando que houve uma melhora na percepção dos consumidores tanto em relação ao mercado de trabalho quanto à situação financeira das famílias — disse Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora da Sondagem do Consumidor. O Índice de Expectativas (IE) subiu 1,6 ponto, atingindo 86,9 pontos, maior patamar desde dezembro de 2014. Os indicadores de confiança vêm sendo monitorados por agentes do mercado e pelo governo como forma de antecipar o início do processo de recuperação da economia, que atravessa uma forte recessão. Na véspera, a FGV divulgou o resultado preliminar do Índice de Confiança da Indústria (ICI), que caiu no mês, interrompeu uma sequência de cinco altas seguidas. Também na véspera, a FecomercioSP divulgou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da cidade de São Paulo em agosto superou a marca dos 100 pontos pela primeira vez em 15 meses, atingindo os 101,6 pontos. O ICC não ultrapassava a barreira dos 100, que delimita o sentimento de pessimismo e otimismo, desde abril de 2015.

Inflação civilizada

Com a perda de força na alta dos preços de alimentos, a prévia da inflação oficial do país desacelerou em agosto um pouco mais do que o esperado, mas em 12 meses continuou estourando a meta do governo para este ano e mantendo a pressão sobre o Banco Central no gerenciamento da política monetária. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,45% neste mês, após avançar 0,54% em julho, abaixo do esperado por especialistas consultados pela Reuters, cuja mediana apontava alta de 0,47% em agosto. No acumulado em 12 meses até agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, o indicador subiu 8,95%, acima do teto da meta --de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos. Neste mês, os preços do grupo Alimentação e bebidas subiram 0,78% na comparação com julho, quando havia avançado 1,45%. Segundo o IBGE, o feijão-carioca mostrou forte desaceleração na alta, a 4,74%, frente ao avanço de 58,06% no mês anterior. Os preços de alguns produtos chegaram a ficar bem mais baratos de julho para agosto, com os da cebola (-22,81%) e o da batata-inglesa (-18,00%). Alimentação é o grupo com maior peso sobre o IPCA-15. Outro destaque que tirou pressão sobre o IPCA-15 foi o grupo Vestuários, cujos preços recuaram 0,13% neste mês, depois de terem caído 0,08% em julho. Na ponta oposta, destaque para a alta de 0,90% nos preços com Educação em agosto. Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC volta a se reunir para definir o rumo da taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano. A curva de juros futuros indica que a Selic será mantida no atual patamar, segundo cálculos da Reuters. Um corte viria somente em novembro.. Na mais recente pesquisa Focus do Banco Central, os economistas consultados veem o IPCA encerrando o ano com alta de 7,31% e a Selic a 13,75% ao ano. Já o Top 5, grupo dos economistas que mais acerta as projeções no levantamento, vê a inflação em 7,51% e o BC não reduzindo os juros neste ano.
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