Índice de desemprego nos EUA aumenta para 5,7%

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Publicado Sexta, 01 de Novembro de 2002 às 21:26, por: CdB

Refletindo precaução considerável em relação ao futuro, os empregadores dos EUA diminuíram a folha de pagamento no mês passado, de acordo com o que foi declarado pelo Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. Como resultado, a taxa de desemprego, que era de 5,6% em setembro, subiu para 5,7%. A notícia sobre o emprego foi uma da série de relatórios divulgados na sexta-feira que, segundo economistas, mostram uma economia que começou o último trimestre do ano com pouco ou quase nenhum impulso. Há poucos sinais de que a atividade será acelerada em breve. "Há uma nuvem psicológica cinza sobre a economia", disse Mickey D. Levy, principal economista do Banc of America Securities. "Essas coisas não duram para sempre. Mas certamente estamos num momento ruim". O Departamento do Trabalho disse que as folhas de pagamento dos setores, sem contar o agropecuário, tiveram declínio de 5 mil postos em outubro, o segundo mês consecutivo de queda. Numa estimativa revista, o departamento também disse que houve 13 mil postos a menos em setembro. O corte de empregos aconteceu principalmente nos setores de produção, construção e nos trabalhos temporários. Essas perdas foram recompensadas com a alta registrada pelo setor de serviços. Mais preocupante para os economistas foi o fim de 49 mil empregos no setor de produção. A redução é a 27a em meses consecutivos. O ritmo de perda de postos de trabalho aumentou. A média de queda de empregos no setor tem sido de 47 mil por mês desde julho, comparada com a de 20 mil por mês do período entre abril e julho. "Eu nunca vi a comunidade de negócios tão pressionada", disse James Glassaman, economista da J. P. Morgan. "A comunidade está navegando no barco mais apertado que eu já vi". Outras evidências da fraqueza do setor de produção foram fornecidas pelo Institute of Supply Maagement (ISM), que conduz uma pesquisa mensal sobre os gerentes de compras. O relatório mostrou que o índice do ISM caiu para 48,5 em outubro, dos 49,5 registrados em setembro. "A produção está em contração", disse Paul Kasriel, diretor de pesquisas econômicas na Northern Trust Co., em Chicago. "A taxa de desemprego está aumentando e, fora o governo federal, não há um catalisador real para fazer a economia voltar a funcionar". Kasriel disse que o crescimento econômico do quarto trimestre seria em torno de 1,5% "se tivermos sorte". Ele afirmou que recentes relatórios econômicos, incluindo os divulgados na sexta-feira, deixaram o Federal Reserve com poucas alternativas além de cortar as taxas de juros a curto prazo, o que pode acontecer na próxima semana, quando autoridades devem se reunir no dia após as eleições. "O Fed cortará as taxas, eu suspeito, na próxima semana", disse ele. "A questão é: o corte será de 0,25% ou de 0,5%? Eu acho que 0,5%. Por que eles deveriam guardar sua munição?". No começo dessa semana o Departamento de Comércio divulgou sua estimativa inicial de que a economia teve expansão, registrando uma taxa anual de 3,1% no terceiro trimestre, comparada com a de 1,3% no segundo trimestre. No momento o índice dos fundos federais de empréstimos entre os bancos, a taxa de juros que o Fed controla mais diretamente, está em 1,75%. Alguns economistas argumentam que, já que os efeitos estimuladores de uma política monetária mais favorável chegam depois de meses, há poucos motivos para o Fed cortar as taxas, que estão em seu menor nível em 40 anos. Mas o banco central, que foi criticado por que teria contribuído com a recessão do ano passado ao aumentar demais as taxas de juros em 2000, está sofrendo pressão dos que esperam alguma atitude, segundo analistas. Declarações recentes do Fed indicaram que o banco central queria adiar qualquer decisão sobre juros até que tivesse um panorama mais claro sobre o que está ocorrendo com a economia. "Podemos discutir sobre eficácia, mas a paciência deles não deve ser por tempo indeterminado", disse Steven Witing, economista d

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