Iêmen condena dois à morte por atentado ao US Cole

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Publicado Quarta, 29 de Setembro de 2004 às 06:37, por: CdB

A Justiça do Iêmen condenou nesta quarta-feira dois militantes da Al Qaeda à morte pelo atentado de 2000 contra o destróier USS Cole, dos EUA, no qual morreram 17 marinheiros.
Outros quatro militantes foram condenados a penas de cinco a dez anos de prisão pelo ataque ocorrido no porto de Áden. O destróier estava reabastecendo quando dois homens em uma pequena embarcação carregada com 225 quilos de explosivos jogaram-na contra o Cole.

Segundo a Justiça, os dois terroristas suicidas seriam Ibrahim Al Thour e Hassan Al Khamri.
Os dois planejadores do atentados foram condenado à morte. São eles Jamal Al Badawi e Abd Al Rahim Al Nashiri, que está detido nos EUA.

Os réus, todos iemenitas, começaram a gritar "Allahu Akbar" (Deus é o maior) quando ouviram as sentenças.

- Esse veredicto é injusto. Esse é um veredicto americano - gritou Badawi depois de ter sido condenado.

O irmão dele, Ahmed, disse à Reuters:

- Pedimos ao presidente Ali Abdullah Saleh que intervenha e diminua a sentença -

Todos os seis réus foram considerados culpados pelo atentado contra o USS Cole e de pertencerem à Al Qaeda. Os advogados deles disseram que vão apelar da condenação.

O juiz Najib Al Qadiri disse que Fahid Al Qusaa, condenado a dez anos de prisão, estava encarregado de filmar o atentado, mas não conseguiu fazê-lo porque dormiu demais. As autoridades acharam uma câmera de vídeo no apartamento para o qual ele fugiu depois do ataque. Qusaa havia treinado em campos da Al Qaeda no Afeganistão.

Maamoun Msouwah recebeu oito anos de prisão por ajudar Badawi. Ali Mohamed Saleh e Murad Al Sorouri foram condenados a cinco anos de prisão por falsificarem documentos de identidade.

No mês passado, a Justiça do Iêmen condenou cinco integrantes da rede militante a dez anos de prisão pelo atentado de 2002 contra o navio-tanque Limburg, da França. Um outro militante foi condenado à morte por planejar o assassinato do embaixador norte-americano no país.

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