IBGE: Renda cai mas serviços melhoram

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Publicado Quarta, 29 de Setembro de 2004 às 08:10, por: CdB

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o rendimento médio real dos trabalhadores caiu 7,4% de 2002 para 2003. No entanto, houve melhoras no setor Social, como na Educação, nos Transportes e nas Telecomunicações e desconcentração de renda. 

A perda real para a metade da população com as menores remunerações de trabalho foi de 4,2%, enquanto que para a outra metade da população, com os maiores rendimentos, a perda real foi de 8,1%, o dobro. A desconcentração teve queda razoável de 1993 a 2003. Os 10% mais ricos, que detinham 49% da renda total em 1993 passaram a deter 45,3% do total. No mesmo período, os 10% mais pobres, que detinham 0,7%, passaram a deter 1%.

Melhorias nos serviços

A comparação dos últimos dez anos da PNAD (1993 a 2003) mostrou melhoras generalizadas sob diversos aspectos: em dez anos, a proporção de domicílios com telefone mais que triplicou, passando de menos de 20% para 62,0%.

A proporção de habitações consideradas rústicas, aquelas com paredes feitas com material não-durável, como madeira aproveitada de embalagens, taipa, palha, reduziu-se à metade, passando de 5,1% para 2,5%, um fenômeno ocorrido em todas as regiões.

A parcela de crianças de 7 a 14 anos que não freqüentava escola, que era de 11,4% em 1993, ficou em 2,8% em 2003. No Nordeste, a redução foi de 16,6% para 4,0% no percentual de crianças nessa faixa de idade fora da escola. Outro indicador que reflete o nível de instrução da população é o número médio de anos de estudo e esse, passou de 5 anos em 1993 para 6,4 anos em 2003. Entre a população ocupada, a média de anos de estudo era de 7,1 anos em 2003, sendo maior entre as mulheres (7,7 anos de estudo).

Na sociedade, o uso de computadores se disseminou e foi o bem durável que mais cresceu nos últimos anos, presente, em 2003, em 7,5 milhões de domicílios, sendo que 5,6 milhões dispunham de acesso à Internet.

Trabalho infantil

Em 2003, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, divulgada hoje, detectou uma redução, em relação a 2002, de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos de idade ocupadas no Brasil, com um total de 5,1 milhões. Destes, 209 mil tinham de 5 a 9 anos e 1,7 milhão tinham de 10 a 14 anos, enquanto 3,2 milhões tinha de 15 a 17 anos.

Em 2002, os percentuais de ocupados nos grupos etários entre 5 e 9 anos, entre 10 e 14 anos e entre 15 e 17 anos, eram 1,7%, 11,3% e 31,8%, respectivamente, e caíram para 1,3%, 10,4% e 30,3%, em 2003. Manteve-se a tendência de queda detectada desde 93, quando aqueles percentuais eram 3,2%, 19,6% e 46,0%, respectivamente.

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