O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou nesta quinta-feira a segunda maior apreensão do ano de aves silvestres no estado de Pernambuco. Foram apreendidas, em três cativeiros de Olinda, 64 pásssaros, além de um papagaio e um jabuti.
Segundo o chefe de fiscalização do Ibama do Pernambuco, Leslie Tavares, a comunicação do crime já foi encaminhada à delegacia da Polícia Civil. Os três responsáveis pelos cativeiros responderão por crime contra o meio ambiente, podendo receber pena de até um ano de prisão, e terão de pagar multa.
– Os responsáveis não foram conduzidos à delegacia, em função da pena ser inferior a um ano. O Ibama fez a autuação e a multa aplicada às três pessoas flagradas é em torno de R$ 38 mil, que corresponde a R$ 500 por ave. Algumas aves, que estão ameaçadas de extinção, como o pintasilgo, chegam a R$ 5 mil.
Ele destacou que entre as aves apreendidas foram encontradas também espécies originárias da Amazônia, como Capopinho, o que caracteriza tráfico de animais silvestres.
– Apesar de eles informarem que tinham as aves só porque gostavam, a gente encontrou uma grande quantidade de material de captura, como arapucas, alçapões, que são gaiolas utilizadas para capturar mais aves, o que indica o tráfico.
A maioria das aves será solta ainda hoje. Algumas permanecerão na sede do instituto, pois estão com as asas danificadas ou apresentam desnutrição. Esses animais serão devolvidas à natureza assim que receberem cuidados veterinários.
De acordo com Leslie Tavares, o Ibama de Pernambuco recebe cerca de 400 denúncias de animais silvestres em cativeiro por ano, sendo 200 apenas pela Linha Verde, uma espécie de disque denúncia do instituto. O chefe de fiscalização estima que cerca de 1 milhão de aves silvestres estejam confinadas em cativeiro, na Região Metropolitana de Recife.