Incidente ocorreu no aeroporto de Orly, que foi evacuado. Suspeito era conhecido dos serviços de inteligência e tinha ferido um agente horas antes num controle policial. Motivação terrorista é possível, diz ministério
Por Redação, com DW - de Paris:
Um homem foi morto a tiros pela polícia francesa neste sábado no aeroporto de Orly, no sul de Paris, depois de tentar roubar a arma de uma militar do setor de vigilância antiterrorista.
O incidente aconteceu por volta das 4h30 (horário de Brasília). Quando o suspeito pegou a arma de um soldado e tentou se esconder em uma loja do aeroporto. Disse o porta-voz do Ministério do Interior francês, Pierre-Henry Brandet.
Agentes de segurança seguiram para o local, onde mataram o suspeito, que não carregava explosivos. Ele não revidou os disparos.
Pelo Twitter, o presidente francês, François Hollande, elogiou a resposta da polícia ao ataque. "Eu saúdo a coragem e a eficiência da polícia. E das forças militares diante do ataque perpetrado por um indivíduo perigoso", escreveu.
O homem era conhecido pela polícia e os serviços de inteligência franceses, afirmou o ministro do Interior, Bruno le Roux. Segundo Brandet, é "possível" que o ataque tenha sido terrorista.
Le Roux confirmou que mesmo homem tinha aberto fogo uma hora e meia antes contra um controle da polícia em Stains, ao norte da capital, deixando um agente ferido. Antes de se dirigir a Orly, ele também teria roubado um carro e ameaçado os clientes de um bar de Vitry, cidade situada a poucos minutos do aeroporto.
Evacuação
O incidente ocorreu na área sul de Orly, que concentra a maioria dos voos domésticos, em uma das salas de embarque. Ninguém ficou ferido.
As autoridades ordenaram que o aeroporto fosse evacuado para que os agentes averiguem a presença de armas ou explosivos nos terminais. Cerca de 3 mil pessoas deixaram o local. O aeroporto deve permanecer fechado até a noite deste sábado.
A direção geral da Aviação Civil anunciou a suspensão de todos os voos previstos com saída ou chegada ao Aeroporto de Orly. Vários passageiros que tinham aterrissado momentos antes do tiroteio permaneceram dentro das aeronaves e alguns voos foram desviados para o aeroporto Charles de Gaulle.
A seção antiterrorista da Promotoria de Paris assumiu as investigações.