Hamas promete vingança pela morte de palestinos

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Publicado Sexta, 14 de Dezembro de 2001 às 16:36, por: CdB

O grupo palestino Hamas lançou um alerta ao primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon: vai se vingar violentamente dos ataques ocorridos durante a madrugada de sexta-feira, que resultaram na morte de seis palestinos. "Toda a hora em que Sharon cometer um massacre, a resposta vai ocorrer em Jerusalém, em Haifa e em todas as partes do território palestino", anunciou Khaled Meshaal, líder político do Hamas, grupo que não reconhece o Estado de Israel. Falando da capital síria, Damasco, Mershaal disse que a resistência contra Israel não deveria parar até "que eles voltem atrás em suas ações". Durante toda a sexta-feira, nos territórios ocupados, centenas de palestinos foram deixados sem moradia pelo Exército de Israel, após uma série de incursões militares na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Sessenta famílias abandonaram suas casas quando tanques israelenses demoliram mais de 30 prédios no campo de refugiados de Khan Younis, em Gaza. No início da noite, aviões israelenses voltaram a bombardear a região. Mais cedo, seis policiais palestinos foram mortos, e várias pessoas ficaram feridas durante novas operações militares de Israel na Cisjordânia. As mortes ocorreram quando tropas e tanques israelenses entraram no vilarejo de Salfit, perto da cidade de Nablus. Um dos mortos por soldados israelenses estava na lista de procurados pelo governo. Saeb Erekat, representante da Autoridade Palestina, classificou as mortes como crimes de guerra. Soldados israelenses também prenderam 20 supostos militantes de organizações palestinas durante a ação. Outras duas operações militares na Cisjordânia deixaram feridos entre palestinos e resultaram em mais 25 prisões. Em entrevista a um jornal alemão, o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, declarou que o líder palestino, Yasser Arafat, ficou para a "história" e ameaçou ocupar permanentemente os territórios palestinos. Sharon cortou relações com Yasser Arafat. A atitude de Sharon foi criticada pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Shimon Peres. Ele é o principal nome do Partido Trabalhista na coligação do governo. Segundo ele, Arafat não está acabado e não pode ser isolado. Depois das recentes ações de Sharon, a Autoridade Palestina anunciou que não reprimiria mais as organizações radicais da região. O governo de Israel está agindo em represália à onda de atentados patrocinados por organizações palestinas nos últimos dias. Nesta semana, atiradores palestinos mataram dez colonos judeus.

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