Guerreiros talebãs são mortos após ataque a prédio público em Cabul

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Publicado Segunda, 21 de Janeiro de 2013 às 04:48, por: CdB
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Homens da força policial afegã cercaram o prédio e mataram os insurgentes talebãs
Um grupo de insurgentes do Talebã invadiu o quartel-geral da polícia de trânsito afegã de Cabul, nesta segunda-feira, atacado por um comando armado com um balanço provisório de seis mortos (três agentes e três insurgentes) e cerca de 20e feridos. Um grupo de militantes, entre eles dois suicidas, entrou em ação nas primeiras horas da manhã, na Deh Mazang Square, perto do Parlamento, provocando duas explosões fortes na entrada do prédio, que permitiram aos homens armados de entrar no edifício. Sediq Seddiqi, porta-voz do ministério do Interior, informou à agência italiana de notícias Ansa que o edifício foi cercado "e os militantes que estão no interior não têm saída". As autoridades acreditam que o objetivo da operação deveria ser a sede da Polícia de Fronteira que fica perto do da Polícia de trânsito, mas que alguma coisa no plano deu errado. Cerca de uma hora após a invasão, os outros dois insurgentes que utilizavam coletes com explosivos se esconderam no prédio de cinco andares no oeste de Cabul e dispararam contra as forças de segurança, mas foram mortos pela polícia local. – Acabou. Os últimos dois terroristas estão mortos e eles não tiveram a chance de detonar os explosivos que carregavam – informou o chefe da polícia de Cabul, general Mohammad Ayoub Salangi, à agência francesa de notícias AFP. Segundo Salangi, os dois últimos ativistas demoraram a ser dominados "porque nossos garotos agiram com muito cuidado", disse. – Havia muitos documentos importantes, então agimos com muito cuidado para não causar nenhum dano a esses documentos – acrescentou. Quatro policiais de trânsito, dois membros das forças especiais e meia dúzia de civis ficaram feridos, informou o vice-ministro do Interior, o general Abdul Rahman. Um fotógrafo da AFP disse que soldados noruegueses foram vistos atirando contra o prédio da polícia. A Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) confirmou sua participação na operação, mas insistiu que foi pequena. – Temos um número muito pequeno de pessoas ajudando as forças de segurança afegãs no local. É, principalmente, um papel de aconselhamento, e as autoridades afegãs estão na liderança – disse um porta-voz da Isaf. A Otan afirma que a insurgência talebã está mais fraca e considerou que o ataque foi um estratagema para atrair a atenção da mídia, mas o tempo que as forças de ordem levaram para acabar com os insurgentes é encarado com constrangimento. – Eles (os talebãs) estão perdendo a luta. Eles não podem lutar cara a cara. Estes ataques são apenas para atrair a mídia. Eles realizam seus ataques nas cidades e em áreas populosas onde os civis sofrem – disse o general Gunter Katz, porta-voz militar da Isaf. Ele também elogiou o papel das forças de segurança afegãs na contenção do ataque. O atentado começou com a forte explosão de um carro-bomba que quebrou as janelas das casas próximas. Um morador descreveu a explosão inicial como "muito, muito grande - foi enorme". Ela foi seguida por várias outras explosões e tiros. Insurgentes talebãs, que travam uma guerra há 11 anos contra o governo do presidente Hamid Karzai, apoiado pelo Ocidente, reivindicaram o ataque, que, segundo eles, começou às 5h locais (22h30 de Brasília). – Muitos fedayeen (terroristas suicidas) entraram em um prédio de Dehmazang e estão atacando um centro de treinamento norte-americano, um centro da polícia e outros centros militares, e causaram pesadas baixas ao inimigo – disse um porta-voz talebã no momento da ação. Não há nenhum centro de treinamento administrado pelos Estados Unidos ou pela Otan na região e o grupo talebã é conhecido por exagerar quando reivindica ataques. O atentado desta segunda-feira ocorreu menos de uma semana depois de guerrilheiros suicidas terem atacado a sede da agência de inteligência afegã em Cabul, matando ao menos um guarda e ferindo dezenas de civis.
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