Boa parte da Argentina ficou parada nesta quinta-feira, com a greve geral convocada pelas três principais centrais sindicais do país. A adesão do sistema de transporte público impediu que milhares de argentinos chegassem ao trabalho, aumentando a adesão ao movimento. Os hosptais só funcionaram em esquema de emergência.
A paralisação foi convocada em protesto às novas medidas econômicas tomadas recentemente pelo governo, como a limitação do saque das contas bancárias em dinheiro a US$ 1 mil por mês, o atraso no pagamento das aposentadorias e outras medidas econômicas.
“O país está parado”, diz o líder sindical Osvaldo Cornide. “Não há dinheiro, não há emprego e com essas medidas de restrição de saques, não há dinheiro para gastar”, afirmou.
O presidente Fernando de la Rúa criticou a greve – a sétima desde que ele assumiu o governo – há quase dois anos. O limite de saque diminuiu ainda mais a popularidade do presidente, mas foi eficiente para reduzir o grande volume de retiradas que se verificou nos últimos meses.
Economistas afirmam, no entanto, que estas medidas só adiam a solução para o real problema argentino: o seu câmbio supervalorizado, com o peso argentino atrelado ao dólar americano. O país tem uma dívida externa de US$ 132 bilhões e um índice de desemprego de 16%.