Greve dos bancários não tem previsão de acordo

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Publicado Quinta, 07 de Outubro de 2004 às 09:14, por: CdB

Sem nenhuma perspectiva de acordo a curto prazo, a greve dos bancários entra nesta quinta-feira no seu 23º dia. Os bancários do Rio de Janeiro e São Paulo farão nova assembléia para decidir os rumos do movimento grevista. A paralisação nacional é a maior da história e já supera em quatro dias a paralisação ocorrida em 1946.

Com as negociações travadas - os bancos, desde o início do movimento, mantém a proposta entre 8,5 e 12,77% -, os bancários tentam a ajuda de parlamentares para reabrir as discussões. Os bancários querem 19% de reajuste.

Na última quarta-feira, a Justiça concedeu liminar à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e ao Sindicato dos Bancos do Rio de Janeiro suspendendo a decisão judicial que determinava o afastamento dos policiais civis ou militares das agências.

A pedido do senador Paulo Paim (PT-RS), a Comissão de Assuntos Sociais pretende fazer uma audiência pública para discutir a greve. A audiência está marcada para o próximo dia 13. Se houver uma solução antes, será cancelada.

Os bancários também mantiveram ontem audiência com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Vantuil Abdala. O ministro mantém sua posição de tentar encontrar uma solução para a campanha salarial dos bancários, que não seja o julgamento do dissídio, ou seja, a definição de um reajuste pela Justiça.

Sobre a Proposta

 Os bancários reivindicam 19% de reajuste, abono de R$ 1.500, PLR de um salário mais R$ 1.200 e o não desconto dos dias parados. A proposta rejeitada pelos bancários previa reajuste salarial de 8,5% mais R$ 30 para quem ganha salários até R$ 1.500 - o que implicaria em reajustes de até 12,77% e aumento real de 5,75%.

Para os que ganham acima de R$ 1.500, o reajuste sugerido era de 8,5%, assim como para as demais verbas de natureza salarial como vales alimentação, refeição e auxílio-creche.

O INPC do período foi de 6,64%. A proposta previa Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 80% do salário mais R$ 705 e pagamento de vale-alimentação extra de R$ 217. Também foram rejeitados avanços em questões específicas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

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