Autoridades argelinas e parentes temem pela segurança de um grupo de 15 turistas europeus que continuam como reféns no deserto do Saara.
O temor aumentou depois que, na última quarta-feira (14), outro grupo de turistas – que também estava seqüestrado na mesma região – foi libertado.
O ministro do Interior da Argélia disse que buscas estão sendo feitas para encontrar e libertar os reféns restantes que, segundo relatos, estariam sendo mantidos como prisioneiros por um grupo extremista.
Dez austríacos, seis alemães e um sueco foram para casa na última quarta-feira (14), depois que tropas do Exército da Argélia supostamente resgataram o grupo de um cativeiro montado por uma organização radical islâmica.
Exploração da imprensa
Os governos argelino e dos seqüestrados têm se recusado a revelar detalhes da suposta operação de resgate, por receio de que isso comprometa a segurança do segundo grupo.
O ministro do Exterior da Argélia, Abdelaziz Belkhadem, condenou o que ele qualificou de “exploração da imprensa” em relação ao resgate, dizendo que isso poderia “interferir com o resto da operação”.
Os turistas desapareceram no deserto há cerca de dois meses.
A liberação do primeiro grupo ocorreu um dia após o ministro alemão das Relações Exteriores, Joschka Fischer, ter se referido aos possíveis seqüestradores em público pela primeira vez.
Fischer visitou a Argélia na última segunda-feira (12), onde se encontrou com o presidente do país, Abdelaziz Bouteflika.
Nas últimas semanas, os governos europeus sofreram intensa pressão para que as autoridades da Argélia resolvessem o mistério sobre o paradeiro dos turistas.