O primeiro-ministro australiano, John Howar, reconheceu, nesta quarta-feira, que a Austrália aprovou um visto de turista a Khalid Sheik Mohammed, considerado o número três da Al Qaeda, um mês antes dos atentados de 11 de setembro.
Através da rádio australiana "ABC", Howard disse que o líder da Al Qaeda, detido em primeiro de março de 2003 no Paquistão, tinha 24 supostos nomes e recebeu três vistos e por isso conseguiu um de turista na Austrália. No entanto, logo que seus dados entraram no sistema de imigração, saltou o alerta e o visto foi cancelado e não pôde ser utilizado.
Para o primeiro-ministro a informação demonstra que a presença das tropas australianas no Iraque não aumentou o perigo de um atentado terrorista na Austrália, pois já havia esse interesse.
A segurança na Austrália e as conseqüências da intervenção militar no Iraque, liderada pelos EUA, se tornaram temas centrais do debate das eleições gerais de 9 de outubro.