<i>Gays</i> protestam contra Papa Bento 16

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Publicado Sexta, 04 de Maio de 2007 às 13:40, por: CdB

Grupos gays dos quatro cantos do Brasil preparam manifestações durante a visita de Bento XVI ao país, na próxima semana, incluindo até a queima de retratos do Papa em praça pública. Em Recife, os protestos começaram mais cedo, com um grupo colocando fogo em um boneco do pontífice no início desta semana.

O pontificado de Bento XVI começou em abril de 2005 e só aumentou os conflitos entre Igreja Católica e a comunidade GLBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais). Recentemente, o Papa condenou o homossexualismo e criticou o reconhecimento de seus direitos de se casar.

Salvador, Recife, Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre são algumas das capitais onde há manifestações marcadas. Bento XVI chega na próxima quarta-feira a São Paulo e volta a Roma no domingo seguinte, após passar por Aparecida e Guaratinguetá.

Na última segunda-feira, no bairro da Boa Vista em Recife, cerca de 200 pessoas participaram de uma "malhação de Judas" atrasada, que o Movimento Leões do Norte faz todos os anos na época da Semana Santa.

No lugar de Judas, estava um boneco em tamanho natural de Bento XVI. Em outros anos, o grupo foi contra outras personalidades, como Severino Cavalcanti, então presidente da Câmara.

Na sexta-feira da próxima semana, a capital pernambucana será palco de outro protesto, em frente à Basílica do Carmo, às 12h. Além dos Leões do Norte, também participarão o Fórum LGBT de Pernambuco, Católicas pelo Direito de Decidir e Associação das Profissionais do Sexo de Pernambuco. A expectativa, no entanto, é de reunir apenas cerca de 50 pessoas.

- É difícil mobilizar as pessoas contra a Igreja -, disse Weligton Medeiros, coordenador do Fórum LGBT de Pernambuco.
 
Para os ativistas desses movimentos, os comentários do papa acabam instigando a violência contra homossexuais, lésbicas e travestis. Uma pesquisa divulgada em abril mostrou que 70 por cento das pessoas desses grupos relataram ter sido vítimas de discriminação e que 59 por cento já sofreram agressões.

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