Os líderes do G20 provavelmente manterão as políticas de estímulo no momento, enquanto a crise persiste, apesar de recentes sinais positivos em algumas economias, disse o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, nesta segunda-feira.
– Na Europa, sobretudo na França, o crescimento vai voltar, mas o desemprego continuará. Então, desse ponto de vista, obviamente não podemos dizer que a crise ficou para trás. Eu acredito que a tendência seja boa. Os ministros das Finanças entenderam que a crise significa que continuaremos a dar suporte à economia, que não pararemos agora – afirmou Strauss-Kahn à rádio France Info.
O Tesouro norte-americano avalia também que o sistema financeiro continua frágil e a retirada das medidas especiais de estímulo precisa ser feita com cuidado para não atrapalhar a recuperação.
"O processo de saída será prudente, não apressado", comentou o Tesouro em um documento de 51 páginas que resume muitas das ações tomadas no último ano para estabilizar a economia. O secretário do Tesouro, Timothy Geithner, afirmou em um comunicado que é vital que o Congresso aprove uma reforma regulatória até o fim do ano.
Reforma
Nos Estados Unidos, foi a vez de o presidente Barack Obama pedir, nesta segunda-feira, em discurso após um ano do colapso do Lehman Brothers que a indústria financeira não resista à reforma regulatória, e pediu que o Congresso aprove as propostas até o final do ano.
– Há um ano, nós vimos como os mercados podem se enganar; como a falta de regras de bom senso pode levar a excessos e abusos; o quão perto nós podemos chegar de uma quebra. Um ano depois, é nosso dever aprovar essas reformas, que evitarão que esse tipo de crise aconteça novamente – avaliou Obama em seu discurso.