Fuzileiros americanos avançam em direção aos subúrbios de Bagdá

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Publicado Quinta, 03 de Abril de 2003 às 08:18, por: CdB

Os fuzileiros americanos perseguiram uma divisão da Guarda Republicana na manhã desta quinta-feira e avançaram, quase desimpedidos, em direção aos subúrbios de Bagdá. As tropas, partindo do sul como parte de um ataque prolongado, cobriram 32 quilômetros esta manhã, com tanques avançando na velocidade máxima. Os tanques iraquianos sofreram um seco ataque, e as tropas iraquianas novamente ofereceram pouca resistência. A Guarda Republicana pode estar cedendo este território, achando que suas forças devem manter suas posições em Bagdá nos dias a seguir. Mas em um inesperado sinal do sentimento popular, alguns moradores correram pela cidade e saudaram a chegada das tropas americanas. Conforme os fuzileiros avançavam em uma longa coluna ao longo do Rio Tigre, outras unidades anglo-americanas se aproximavam do Aeroporto Internacional Saddam, 19 quilômetros fora da cidade. As tropas do exército se aproximaram do sudoeste depois de cruzarem o Rio Eufrates. "Nós estamos avançando rapidamente", declarou o capitão Kevin Jackson da Brigada de Engenharia da 3º Divisão, a Reuters. Como nos dias anteriores, duros bombardeios abriram caminho para o avanço dos fuzileiros, conforme eles se posicionam para o golpe final em direção a capital. Na última quarta-feira, os fuzileiros se espalharam pelo Tigre, e alguns membros da 1º Divisão da Marinha notaram a ausência de uma forte resistência. "Eles são covardes", afirmou o capitão Ted Card, que comandou uma companhia de fuzileiros que tomaram a região ao redor de Numaniya, na última quarta-feira. "Foi a mesma coisa de ontem, os iraquianos dispararam alguns tiros, nós treinamos nossas armas contra eles, e o confronto acabou em cinco minutos". Em sua campanha na última quarta-feira, navios Cobra cruzaram a cidade de Numaniya, cerca de 160 quilômetros sul de Bagdá, e o rastro de fumaça dos B-52 e jatos F-18 cobriram os céus durante o dia. Antes do avanço, um grande alvo iraquiano, um depósito de munição fora de Numaniya, foi destruído por bombas lançadas por um B-52. Nas margens da estrada estava a evidência dos resultados do combate. Os corpos dos soldados iraquianos estavam espalhados pela estrada. No pé do Canal Saddam, a cerca de 32 quilômetros oeste do Tigre, estava uma grande pilha de mortos iraquianos, apodrecendo enquanto esperavam algum destino. Alguns carros também estavam espalhados pela estrada, com marcas de bala. Os primeiros fuzileiros alcançaram o rio, que escoa a sul da capital iraquiana, na manhã de quarta-feira. Com o cair da noite, dezenas de tanques e milhares de soldados cruzaram a única ponte da cidade, tomada pelos fuzileiros depois de um tiroteio. Os fuzileiros começaram a montar sua própria ponte para transportar os caminhões mais pesados. Oficiais disseram ter enfrentado ataques esporádicos em sua aproximação do Tigre, e alguma resistência quando chegaram ao outro lado. Mantendo um padrão de contornar as maiores áreas populacionais, eles não entraram em Numaniya, onde as milícias locais de Saddam são fortes. Em vez disso, eles tomaram apenas a parte da cidade necessária para construir uma ponte. "Eu não gostaria de entrar em sua posição agora", afirmou o major Matt Feringa, responsável pela coordenação do apoio aéreo. "Eles estão sendo bombardeados a todo momento. Se eles avançam, nós vamos atrás. Se eles permanecerem em suas posições, nós os encontraremos". Em todos os lugares ao longo do avanço americano estão os sinais da resistência iraquiana. Não houve um confronto, apenas tiros. O que havia eram soldados americanos, caminhando pelas estradas com bandeiras e armas.

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