França quer Bush na votação sobre a guerra contra o Iraque

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Publicado Sábado, 08 de Março de 2003 às 14:19, por: CdB

A França reforçou neste sábado seu pedido para que o presidente norte-americano, George W. Bush, compareça à votação da semana que vem na Organização das Nações Unidas sobre a guerra contra o Iraque, insistindo que os líderes assumam responsabilidade pessoal de uma decisão de "vida ou morte." O pedido ocorre no momento em que Paris decidiu enviar no domingo seu ministro das Relações Exteriores, Dominique Villepin, a três países africanos - Angola, Camarões e Guiné - para tentar fazer com que rejeitem a proposta de resolução apoiada pelos Estados Unidos, estabelecendo o dia 17 de março como prazo final para o Iraque se desarmar. "Quando se decreta a vida ou a morte, isso deve ser feito como o mais alto nível de responsabilidade", disse uma fonte próxima do presidente Jacques Chirac acerca da decisão sobre a nova resolução, prevista para ocorrer na próxima terça-feira ou logo depois. "Devido à importância da decisão, parece legítimo que seja tomada por chefes de Estado e de Governo," disse a fonte do Palácio Eliseu. O secretário de Estado Colin Powell afirmou não ver necessidade para que Bush compareça, depois de Villepin ter feito a proposta na sexta-feira. Mas autoridades francesas insistiram que a proposta não tinha por objetivo isolar Bush e argumentaram que ele ganharia comparecendo à sessão, que, com a presença de líderes mundiais efetivamente tornaria-se uma mini-cúpula sobre o Iraque. "Isso é em um espírito de conciliação, e não de agressão. É provavelmente do interesse dele aceitar, ele não necessariamente se sentirá isolado", disse uma autoridade, acrescentando que a França já estava discutindo a idéia com outros membros do Conselho de Segurança. Villepin expressou a oposição da França a qualquer ultimato para o desarmamento na sexta-feira, lembrando que o chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, havia dito em seu último relatório que o Iraque estava oferecendo maior cooperação. As autoridades francesas disseram que Paris estava confiante na posição contrária à resolução apoiada pelos EUA, Grã-Bretanha e Espanha, da maioria dos membros do conselho.

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