Fraga diz em Washington que próximo governo manterá política econômica

Arquivado em:
Publicado Domingo, 29 de Setembro de 2002 às 12:40, por: CdB

Em visita a Washington, onde participa de encontros paralelos à reunião anual do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, procurou, neste sábado, tranqüilizar banqueiros a respeito dos rumos da economia brasileira no próximo governo. Fraga afirmou que o governo a ser eleito em 6 de outubro vai manter o rumo econômico traçado pela equipe do presidente Fernando Henrique Cardoso. "Não vejo no Brasil nenhuma tendência de se saltar pela janela e fazer algo estúpido", disse Fraga, durante almoço da assembléia anual do Instituto de Finanças Internacionais. O presidente do BC expressou confiança na estabilização dos indicadores da economia uma vez que as incertezas geradas pelo processo eleitoral sejam dissipadas, após as eleições. "Desde julho, o Brasil tem visto todos os candidatos à Presidência se comprometerem com a responsabilidade fiscal e monetária", afirmou. Koehler: Brasil não vai decretar moratória Outra declaração de apoio à economia brasileira neste sábado partiu do diretor-gerente do FMI, Horst Koehler, que rechaçou os temores de que o país pudesse decretar moratória. "O Brasil sairá desta situação sem a necessidade de uma moratória", disse Köehler, em entrevista coletiva. Na opinião de Koehler, o cenário desfavorável da atualidade, em que o dólar ultrapassou a barreira dos R$ 3,80 e os bônus brasileiros já são cotados em cerca de 50 por cento de seu valor nominal, faz parte de uma conjuntura global. Köehler sustentou que todo este cenário é produto de mercados financeiros "nervosos, confusos e irritados", por motivos que não estão especificamente relacionados ao Brasil. Assim como Fraga, o dirigente do FMI disse acreditar que os mercados no Brasil reencontrarão a normalidade após as eleições. "Estou confiante de que no Brasil haverá uma transição sem problemas. O país tem um potencial enorme e seus fundamentos macroeconômicos melhoraram muito", concluiu.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo