Fortes ganhos em bolsas de valores da Ásia são ofuscados por abismo fiscal nos EUA

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Publicado Segunda, 31 de Dezembro de 2012 às 07:38, por: CdB
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Vários índices acionários asiáticos fecharam nesta segunda-feira com os ganhos anuais mais fortes
Vários índices acionários asiáticos fecharam nesta segunda-feira com os ganhos anuais mais fortes em anos, mas eles foram ofuscados pela falta de avanço nas negociações para evitar o "abismo fiscal" nos Estados Unidos. As ações australianas encerraram com alta de 14,6 % em 2012, o melhor ganho anual desde a recuperação de 2009. Nesta segunda-feira, a bolsa de Sydney fechou com queda de 0,48 %, a 4.648 pontos. Na sexta-feira, o índice havia subido 0,5 %, para 4.671 pontos, maior fechamento desde 2 de junho de 2011. Já as ações de Hong Kong encerraram o melhor ano desde 2009 perto das máximas de fechamento em 18 meses. O índice Hang Seng fechou com leve queda de 0,04 % com 22.656 pontos, encerrando o ano com alta de 22,9 %, perto do maior fechamento desde julho de 2011. Por sua vez a bolsa de Cingapura terminou com queda de 0,8 %, a 3.167 pontos, mas avançou 20,6 % desde o início do ano, o melhor ganho anual desde 2009, quando subiu 64 %. O índice referencial de Xangai teve alta de 1,61 %. Os fortes fechamentos desta segunda-feira aconteceram em meio aos mercados fechados no Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Indonésia, Tailândia, Filipinas e Vietnã devido aos feriados de final de ano. Na Austrália, Nova Zelândia, Hong Kong e Cingapura as sessões foram reduzidas. O Nikkei do Japão encerrou 2012 com alta de 23 % na sexta-feira, a bolsa de Seul terminou com ganhos de 9,4 % no ano e Taiwan avançou 9 %. Os ganhos impulsionaram o índice MSCI, que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, para uma alta de 12,6 % neste ano. Às 8h56, horário de Brasília, o índice perdia 0,03 %. Investidores temem que esses ganhos tenham vida curta, uma vez que o Congresso norte-americano e a Casa Branca têm dificuldades para chegar a um acordo para evitar o abismo fiscal altas tributárias e cortes de gastos que entrarão em vigor no início de 2013. - Difícil prever como ou quando haverá um acordo, mas eu acredito que investidores mostrarão seu descontentamento amanhã vendendo ações se não houver um acordo - disse o diretor da Beam Capital Management, Mohannad Aama. "Abismo fiscal", EUA ainda esperam acordo O Congresso norte-americano voltou aos trabalhos nesta segunda-feira sem um acordo para evitar o "abismo fiscal" e com apenas algumas horas para agir se um entendimento surgir até lá. Negociações envolvendo o vice-presidente, Joe Biden, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, parecem ser a última chance de evitar o aumento de impostos e grandes cortes de gastos no orçamento federal, ambos a serem postos em vigor no início do novo ano por causa de uma lei de redução do déficit promulgada em agosto de 2011. A preocupação dos mercados financeiros também pode estimular ambos os lados a chegarem a um acordo, o que já ocorreu no passado. "Eu acredito que os investidores mostrarão seu desprazer" com a falta de progresso em Washington, afirmou Mohannad Aama, diretor-gerente da Beam Capital Management, uma empresa de consultoria de investimentos em Nova York.
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