As divergência no interior do Governo federal sobre como encaminhar os projetos sociais continuam. O novo embate anunciado está previsto para a próxima reunião da Câmara de Políticas Sociais. O secretário-executivo do Ministério da Assistência Social, Ricardo Henriques, ex-IPEA, vai propor, a união de todos os programas de transferência de renda do governo, inclusive o Fome Zero, num só.
O ministro Graziano, em artigo publicado recentemente, criticou os pesquisadores do IPEA e do Banco Mundial por defenderem a visão de que “hoje há recursos e políticas suficientes e o problema é focalizar melhor os pobres”. Segundo o ministro, “a diferença com a proposta do Fome Zero é completa”.
O programa do secretário-executivo exige contrapartidas das famílias que recebem o benefício, como manter as crianças na escola e com a vacinação em dia. Prevê, também, a centralização da administração dos projetos, fora dos ministérios da área social, podendo ficar com os da Fazenda ou do Planejamento. Com as pastas da área social ficaria a obrigação de checar o cumprimento da contrapartida, como a freqüência escolar e o acompanhamento de saúde.