FMI elogia nova meta fiscal do Brasil para 2003

O Fundo Monetário Internacional (FMI) manifestou esta segunda-feira satisfação pela nova meta fiscal para 2003 adotada pelo Brasil, que amplia o objetivo de superávit primário - sem contar o pagamento da dívida - de 3,75 por cento para 4,25 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). "Recebemos bem a decisão das autoridades brasileiras sobre a nova meta fiscal para 2003", declarou um porta-voz do FMI, acrescentando que "isso mostra outra vez o compromisso do novo governo com um programa econômico e social integral e sustentável". O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse na sexta-feira passada que a meta "tenta garantir uma dinâmica favorável de relação dívida/PIB". A decisão implicará uma contenção dos gastos públicos, sem por isso afetar os investimentos prioritários na área social, base do programa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, garantiu Palocci. O FMI havia exigido, em setembro passado, uma meta de superávit primário de 3,75 por cento do PIB para 2003, em troca de uma linha de crédito de cerca de 30 bilhões de dólares, o maior empréstimo concedido na história da instituição financeira.