Publicado Terça, 26 de Maio de 2015 às 12:19, por: CdB
O iuan não está mais subvalorizado após seus ganhos recentes, mas o governo deveria acelerar as reformas para ter "uma taxa cambial flutuante", afirmou nesta terça-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A economia da China cresceu 7,4% em 2014
O FMI havia classificado o iuan como "modestamente subvalorizado", apesar da apreciação gradual da moeda desde uma revalorização histórica em 2005. O iuan vem subindo com força contra muitas moedas, à exceção do dólar, nos últimos meses.- Nossa avaliação agora é de que a substancial apreciação efetiva real durante o ano passado trouxe a taxa de câmbio a um nível que não é mais subvalorizado - disse o FMI.
Em referência a como a China ainda tem um grande superávit comercial, apesar do iuan mais forte, o FMI disse que a "posição externa ainda muito forte" de Pequim destaca a necessidade de outras reformas.
O FMI disse que a China ainda enfrenta riscos do crescimento insustentável do crédito e do investimento e pediu que o governo acelere as reformas, especialmente entre empresas estatais em dificuldades mas protegidas da falência.
- O progresso com a reforma de empresas estatais ... tem sido lento - disse o FMI.
A instituição monetária também defendeu um iuan mais flexível.
- Acreditamos que a China deveria buscar alcançar uma taxa de câmbio efetivamente flutuante dentro de dois a três anos - disse o FMI em comunicado após concluir uma consulta anual com autoridades chinesas.
Apoio para crescimento do PIB?
A China deveria aumentar os estímulos fiscais à economia se o crescimento ficar abaixo de 6,5% neste ano, ou se preparar para adotar medidas para conter o crédito e o investimento se a expansão surpreender para cima, afirmou o fundo.
O FMI projeta que o crescimento econômico anual da China alcançará 6,8% neste ano, desacelerando ainda mais para 6,25% em 2016, afirmou a instituição em relatório.
- Se os próximos dados sugerirem que o crescimento deve superar 7%, as autoridades deveriam aproveitar a oportunidade para reduzir vulnerabilidades mais rapidamente", disse o FMI.
- Se em vez disso parecer certo que o crescimento vai cair abaixo de 6,5%, então a política fiscal deveria ser afrouxada.
A economia da China cresceu 7,4% em 2014.
O país registrou um crescimento anual de 7% no primeiro trimestre e dados recentes mostraram que perdeu ainda mais força no segundo trimestre, aumentando o risco de que o crescimento no ano pode cair abaixo da meta do governo de 7 %.
Tags:
Relacionados
Edição digital
Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.