Omri Sharon, filho do primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, foi interrogado nesta terça-feira durante a investigação sobre um empréstimo recebido por seu pai de um empresário sul-africano. O interrogatório de Omri, deputado do Likud (partido de direita dirigido por seu pai), durou várias horas e foi realizado na seção de fraudes da polícia de Bat Yam, em Tel-Aviv.
A investigação envolve um empréstimo de US$ 1,5 milhão recebido pelo premier isralense do empresário sul-africano Cyril Kern, velho amigo de Sharon, para pagar as contribuições ilegais recebidas para sua campanha durante as primárias do Likud. O caso foi revelado em janeiro passado pela imprensa israelense.
O filho mais novo de Sharon, Gilad, que também foi interrogado em várias ocasiões, usou de seu "direito ao silêncio" ante os investigadores do caso, negando-se a apresentar documentos contábeis relativos ao processo. Todo israelense submetido a uma investigação policial tem o direito de permanecer calado para evitar que suas respostas o prejudiquem.
O tribunal de Tel-Aviv rejeitou este argumento em agosto passado, estimando que Gilad visava proteger pessoas ligadas a ele. Sharon, que sempre negou as acusações de corrupção que lhe são imputadas classificando-as de "calúnias desprezíveis", poderá ser intimado a depor.