O sul-coreano John Kim, filho do dirigente do COI Un Yong Kim foi preso no domingo passado, na Bulgária, por acusações pendentes nos Estados Unidos relacionadas a casos de corrupção na candidatura olímpica de Salt Lake City.
O FBI informou da prisão e da provável extradição de Kim, que é também procurado pela Interpol e para quem pedem três anos e meio de prisão.
Kim é acusado de aceitar um acordo para a candidatura olímpica de Salt Lake City em troca da residência americana, assim como de mentir para o FBI.
John Kim, que vivia em Long Island, voltou à Coréia antes que fossem apresentadas as acusações, em setembro de 1999.
O escândalo de Salt Lake City começou em 1998, quando se descobriu que os dois principais responsáveis da candidatura, Tom Welch e Dave Johnson, teriam pago um milhão de dólares a membros do COI e suas famílias, para que escolhessem a cidade como organizadora dos Jogos de Inverno de 2002.
Un Yong Kim, ex-vice-presidente do COI, candidato em 2001 a sucessão de Juan Antonio Samaranch e considerado um dos homens fortes do organismo, recebeu de uma comissão de investigação interna “a mais severa das advertências” por favorecer seu filho.
O caso de Salt Lake City parecia já estar encerrado, até que um tribunal federal de apelação resolveu reabri-lo no mês passado.
Em conseqüência do escândalo, dez membros do COI pediram demissão ou foram expulsos e o organismo teve que empreender em 1999 uma profunda reforma de suas estruturas e modos de operação. Entre outras mudanças, proibiu a visita dos membros do COI às cidades candidatas à sede de futuros Jogos Olímpicos.