Fenprof vai pedir investigação à PGR

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Publicado Sexta, 23 de Setembro de 2011 às 09:31, por: CdB

Professores suspeitam de possível manipulação na bolsa de colocação de professores. “Ou assumem que se tratou de incompetência técnica, ou o que se passou foi que se procurou poupar dinheiro”, diz Mário Nogueira.Artigo |23 Setembro, 2011 - 18:59Ou se tratou de incompetência técnica ou o que se passou foi o que se procurou poupar dinheiro. Foto de Paulete Matos

A Federação Nacional de Professores (Fenprof) vai pedir à Procuradoria-Geral da República que investigue se houve manipulação na última bolsa de colocação de professores.

“Os dados que temos indiciam manipulação de dados no concurso público, atribuição de responsabilidades a quem não as tinha, neste caso as escolas, e indiciam da parte de uma entidade pública, o Ministério da Educação, falta de verdade”, disse Mário Nogueira, secretário-geral da entidade, aos jornalistas.

Cerca de 300 professores precários manifestaram-se esta sexta-feira frente ao Ministério da Educação, na av. 5 de Outubro, em Lisboa, em protesto contra as irregularidades que levaram a que professores mais bem classificados não fossem colocados por não se terem candidatado a horários temporários.

“Em nossa opinião, ou é assumido que se tratou de uma incompetência técnica ou o que se passou foi o que desconfiamos: que se procurou poupar dinheiro”, criticou Mário Nogueira.

Os professores deslocaram-se depois ao palácio das Laranjeiras, perto de Sete Rios, onde o secretário de Estado da Educação estava reunido com directores de escolas, e procuraram ser ouvidos em audiência.

“Ao que parece, o MEC agora está a dizer que o que ocorreu é culpa dos professores, que não sabem ler o manual da aplicação electrónica”, explicou o professor Miguel Reis ao Esquerda.net. “Ora os professores sabem muito bem usar a aplicação. O que aconteceu foi que os professores que escolheram contratos anuais, para fugir das situações mais precárias e porque sabiam que tinham boas hipóteses de ser admitidos, foram defraudados, porque só havia a opção de contratos mensais. E por isso foram preteridos”, explicou o professor.

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