FAMÍLIAS CHILENAS ACUSAM DESCASO DA JUSTIÇA SOBRE VÍTIMAS DA DITADURA

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Publicado Segunda, 05 de Novembro de 2012 às 04:40, por: CdB

SANTIAGO DO CHILE, 5 NOV (ANSA) - O Grupo de Familiares de Executados Políticos (AFEP, sigla em espanhol) do Chile, denunciou a "negação da justiça" por marte do governo chileno em relação aos casos de vítimas da ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990).
   
Em um comunicado público, a AFEP assegurou que o vice-ministro do Interior, Rodrigo Ubilla, teria em seu poder mais de uma centena de processos por violações dos direitos humanos na ditadura "que tem se negado a assinar".
   
Segundo o comunicado, Ubilla se comprometeu com a organização a apresentar os processos em uma reunião no dia 27 de julho.
   
"Com esta atitude fica claro que esperam que morram os vitimados, testemunhas e os familiares. Esta é a forma soterrada de impor a impunidade no nosso país", defende o documento.
   
A presidente da AFEP, Alicia Lira, denunciou também que o governo do presidente de direita Sebastián Piñera, não entregou os informes sobre as últimas qualificações das vítimas, onde se reconheceu 25 executados do Estado, nem ao grupo e nem a seus familiares diretos.
   
A dirigente enfatizou que há um desconhecimento total de quem são estas vítimas.
   
A AFEP apresentou em 31 de outubro passado 91 pedidos ante a Corte de Apelações de Santiago, medida que "não só busca conseguir a justiça negada, mas também avançar na reparação social e política de todas as mulheres, homens e crianças que foram assassinados pelo terrorismo de Estado instaurado pela ditadura militar".(ANSA)

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