SANTIAGO DO CHILE, 5 NOV (ANSA) - O Grupo de Familiares de Executados Políticos (AFEP, sigla em espanhol) do Chile, denunciou a "negação da justiça" por marte do governo chileno em relação aos casos de vítimas da ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990).
Em um comunicado público, a AFEP assegurou que o vice-ministro do Interior, Rodrigo Ubilla, teria em seu poder mais de uma centena de processos por violações dos direitos humanos na ditadura "que tem se negado a assinar".
Segundo o comunicado, Ubilla se comprometeu com a organização a apresentar os processos em uma reunião no dia 27 de julho.
"Com esta atitude fica claro que esperam que morram os vitimados, testemunhas e os familiares. Esta é a forma soterrada de impor a impunidade no nosso país", defende o documento.
A presidente da AFEP, Alicia Lira, denunciou também que o governo do presidente de direita Sebastián Piñera, não entregou os informes sobre as últimas qualificações das vítimas, onde se reconheceu 25 executados do Estado, nem ao grupo e nem a seus familiares diretos.
A dirigente enfatizou que há um desconhecimento total de quem são estas vítimas.
A AFEP apresentou em 31 de outubro passado 91 pedidos ante a Corte de Apelações de Santiago, medida que "não só busca conseguir a justiça negada, mas também avançar na reparação social e política de todas as mulheres, homens e crianças que foram assassinados pelo terrorismo de Estado instaurado pela ditadura militar".(ANSA)
Rio de Janeiro, Sexta, 29 de Março de 2024
FAMÍLIAS CHILENAS ACUSAM DESCASO DA JUSTIÇA SOBRE VÍTIMAS DA DITADURA
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Publicado Segunda, 05 de Novembro de 2012 às 04:40, por: CdB
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