Explosão de carro-bomba deixa mortos e feridos na Turquia

Arquivado em:
Publicado Quinta, 18 de Agosto de 2016 às 07:09, por: CdB

Imagens da rede CNN Turk mostraram escritórios da delegacia em ruínas e repletos de fumaça após uma bomba explodir fora do complexo

Por Redação, com Reuters - de Diarbaquir/Istambul, Turquia:   Três policiais foram mortos e 170 pessoas ficaram feridas nesta quinta-feira pela explosão de um carro-bomba em uma delegacia na cidade turca de Elazig, informou o governo local, horas após um ataque similar matar três pessoas na região.
turquia-1.jpg
Pessoas vistas em frente local de explosão em uma delegacia na cidade turca de Elazig
Imagens da rede CNN Turk mostraram escritórios da delegacia em ruínas e repletos de fumaça após uma bomba explodir fora do complexo por volta das 9h20, horário local, quando funcionários já estavam trabalhando no local. Ninguém reivindicou responsabilidade imediata pelo ataque, mas o ministro da Defesa, Fikri Esik, disse a repórteres da agência de notícias estatal Anadolu que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) está por trás do ataque. O PKK é visto pela Turquia, Estados Unidos e União Europeia como organização terrorista.

Operações pós-golpe

A polícia da Turquia realizou operações em mais de 100 locais de Istambul na madrugada desta quinta-feira e prendeu várias pessoas em uma investigação sobre o golpe de Estado fracassado do mês passado, relatou a agência de notícias Dogan. Policiais da unidade de crimes financeiros estavam conduzindo as ações contra simpatizantes de um movimento religioso liderado por Fethullah Gulen, clérigo muçulmano residente nos Estados Unidos que o governo diz ter sido o mentor da intervenção, noticiou a agência. Na quarta-feira, o primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, disse que 40.029 pessoas foram detidas desde a tentativa de golpe e que cerca de metade delas foi presa formalmente enquanto aguarda acusações. Ele também disse que 4.262 empresas e instituições ligadas a Gulen foram fechadas. Em expurgos levados a cabo entre militares, policiais, servidores públicos e membros do Judiciário, 79.900 pessoas foram afastadas de suas funções públicas, afirmou ele em um discurso transmitido ao vivo pela televisão. Uma facção dos militares tentou tomar o poder em 15 de julho, matando cerca de 240 pessoas, a maioria civis, e ferindo 2 mil. Aproximadamente 100 pessoas que apoiavam o golpe também foram mortas, de acordo com estimativas oficiais.

Consternação mundial

Na Síria, país vizinho à Turquia, um menino de cinco anos, coberto de sangue e poeira, olha assustado para a câmera. Sentado em um banco dentro de uma ambulância, sua imagem gerou comoção internacional. Omran Daqneesh foi vítima de um ataque aéreo em Aleppo, no norte da Síria. O bombardeio ocorreu em um bairro controlado pelos rebeldes opositores do presidente sírio, Bashar al Assad, em meio à guerra civil que consome o país há cinco anos. O garoto chegou ao hospital na noite desta quinta-feira (17) com ferimentos na cabeça, mas já recebeu alta. O ataque ocorreu minutos após um caça decolar da base russa em Latakia, no litoral da Síria. A Rússia é importante aliada de Assad e realiza frequentes bombardeios nas áreas rebeldes. O editor recomenda discrição para assistir ao vídeo:
Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo