Ex-militantes do EI pedem ajuda de retorno a países ocidentais

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Publicado Terça, 07 de Junho de 2016 às 11:36, por: CdB

O grupo terrorista Estado Islâmico é considerado uma das maiores ameaças à segurança global, que durante três anos ocupou grandes partes do Iraque e da Síria, alguns dos quais foram recuperados nos últimos meses

  Por Redação, com Sputnik Brasil - de Beirute:  

Os cidadãos dos países ocidentais que lutaram no Iraque e na Síria nas fileiras do Estado islâmico cada vez mais têm procurado a ajuda de seus governos para retornar aos países de origem. A informação foi divulgada pelo jornal The Wall Street Journal, citando diplomatas ocidentais.

Segundo representantes de seis missões diplomáticas, alguns ex-militantes buscam apoio nas embaixadas de seus países na Turquia, outros em contato por correio.

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Segundo representantes de seis missões diplomáticas, alguns ex-militantes buscam apoio nas embaixadas de seus países na Turquia

Ao receber pedidos de retorno, as missões diplomáticas realizam inspeções para verificar se não representam uma ameaça de segurança.

De acordo com as fontes do jornal, inicialmente os ex-combatentes são interrogados pelos serviços especiais turcos, e aproximadamente um mês após os originários de países do Ocidente são entregues às embaixadas.

O grupo terrorista Estado Islâmico é considerado uma das maiores ameaças à segurança global, que durante três anos ocupou grandes partes do Iraque e da Síria, alguns dos quais foram recuperados nos últimos meses.

De acordo com várias avaliações, as áreas controladas pelo EI podem chegar a cerca de 90 mil quilômetros quadrados, enquanto o número de combatentes é estimado entre 50 mil e 200 mil.

Até agora não há nenhuma Unidos para a luta contra o grupo jihadista na frente, então lutar para Estado Islâmico forças do governo da Síria, apoiados pela força aérea russa, o exército iraquiano, a coalizão internacional liderada por os EUA, assim como os curdos e milícias xiitas no Iraque e no Líbano.

Raqqa

Na ofensiva contra “a capital” do Estado Islâmico há cooperação, mas na maior parte há concorrência entre participantes, disse o cientista político Andranik Migranian à emissora Sputnik.

As forças sírias conquistaram alguns pontos no caminho para a “capital” do EI, a cidade de Raqqa, informou uma fonte oficial síria.

– Penso que há a cooperação, bem como uma concorrência não só entre os curdos e as forças governamentais, mas também entre os seus maiores ou “mais antigos”, se podemos dizer desta maneira, aliados, os EUA e a Rússia. Só que a cooperação é realizada a uma escala estrita, enquanto na maior parte temos a concorrência, porque as partes perseguem objetivos diferentes – disse o cientista político.

Segundo Migranian, esta será uma operação militar muito séria.

– Mas, o mais importante é que este será um fator que irá provar que o “núcleo” do EI, a capital dele, está destruída. Penso que isso seja “o início do fim” para os radicais islâmicos se, é claro, conseguirem fechar a fronteira sírio-turca e influenciar o Qatar e a Arábia Saudita para que estes não enviem novos militantes e que não os apoiem com dinheiro e armas – disse Migranian.

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