Europa será formada por 34 países até o 2020

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Publicado Quinta, 06 de Março de 2003 às 16:21, por: CdB

No fim do seu longo percurso rumo à ampliação, a Europa será formada por 34 países. Entre os possíveis candidatos, ficarão de fora pelo menos 14, pertencentes à Europa do Leste e ao Mediterrâneo. A lista dos excluídos abre-se com a Rússia que, desde 1994, tem um acordo de cooperação e associação. A Comissão Européia trabalha para preparar um documento que substituirá o atual dossiê dedicado ao processo de ampliação, com o do mapa das fronteiras definitivas da UE. Entre 2015 e 2020, as portas estarão definitivamente fechadas. Os países que ainda podem aspirar a entrar, além dos 10 que serão admitidos no ano que vem, da Bulgária e da Romênia que o farão em 2007 e da Turquia que poderia entrar até 2010, citam-se os seis da região dos Bálcãs. A Croácia já apresentou o pedido, a Bósnia pretende faze-lo em 2005 e os demais ainda precisam estabilizar-se internamente e se adequar a algumas regras internacionais. A sua entrada na União é considerada um avanço importante para garantir a estabilidade definitiva do Velho Continente. O responsável pelas relações do Exterior da UE, Christopher Patten, já preparou um relatório que será apresentado na próxima reunião semanal da Comissão. Formalmente, o tema em discussão diz respeito ao novo quadro das relações com os vizinhos do leste e do sul. O assunto esteve na pauta da última reunião dos ministros do Exterior dos 15. A UE quer abrir um debate e, pela primeira vez, estabelecer claramente quais os países que ainda podem entrar no clube de Bruxelas, e com quais promover apenas relações de cooperação especiais, por exemplo em se tratando de relações comerciais, telecomunicações e transportes, mas também de questões delicadas como os fluxos migratórios e o respeito aos direitos humanos. Entre os 14 países que confinam com a futura Europa ampliada, para os quais será inicialmente proibida toda possibilidade de adesão, estão Marrocos e Rússia. O governo de Rabat evocou repetidas vezes a possibilidade de negociar a sua entrada na UE; no caso de Moscou quem mais interveio a seu favor foi o presidente do Conselho italiano, Silvio Berlusconi. Entre os que levantam problemas geográficos e os que falam de problemas de outra natureza, as duas candidaturas receberam reações mornas e, em alguns casos, decididamente contrárias. Sobre a Turquia uma decisão será tomada no ano que vem, quando se deverá fixar uma data, mas o posicionamento firme do presidente da Convenção, Valery Giscard d'Estaing ("A entrada de Ancara seria o fim da UE"), confirmou o quanto o tema é delicado neste momento. Uma verdadeira batata quente para os 15.

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