Os membros do Conselho de Segurança da ONU estão discutindo nesta sexta-feira a mais nova resolução sobre o Iraque - que propõe a criação de uma força multinacional e a legimitação do Conselho de Governo do Iraque, instalado pelos Estados Unidos.
O secretário de Estado americano, Colin Powell, disse que a resolução, que foi apresentada pelos Estados Unidos, iria autorizar um comandante americano para a força.
Ele afirmou também que quando a maioria das tropas vem de um país, é natural que esse país tenha o comando.
Antes, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Ivanov, ofereceu apoio comedido à resolução dizendo que ela continha princípios que a Rússia consistentemente apoiava.
Trabalho
Mas ele afirmou também que o rascunho do documento ainda precisava de mais trabalho sério.
Fora isso, a proposta americana causou duras críticas, particularmente dos governos da França e da Alemanha.
Esses países acreditam que a resolução não dá à ONU um papel grande o bastante, e que a proposta não prevê transferência de poder para os iraquianos.
Os representantes americanos estariam negociando para que o conselho votasse a resolução no início da próxima semana.
Mas, segundo David Bamdord, correspondente da BBC em Nova York, há uma forte pressão para que alterações sejam feitas no documento, o que pode atrasar a votação.
Representantes dos 15 países-membros do Conselho de Segurança vêm mantendo encontros informais em Nova York pa.
Um correspondente da BBC diz que a maioria dos integrantes do conselho ainda tem dúvidas sobre o plano e, que os americanos estão na defensiva.
Nesta sexta-feira, a ONU tem um debate mais formal sobre a questão do Iraque, examinando problemas de segurança do país, que já provocaram a morte de centenas de pessoas desde o fim dos principais combates, em 1º de maio.
Analistas dizem que os Estados Unidos precisam urgentemente da resolução que, aos olhos de países como Índia, Paquistão e Turquia, daria mais legitimidade para que esses nações possam participar da força multinacional.