O diagnóstico e o tratamento do câncer de mama reduziram de forma considerável a mortalidade na maioria da população na última década. A conclusão é de um relatório da Sociedade de Oncologia dos Estados Unidos.
Os últimas dados assinalam que durante esta época foi possível diagnosticar mais de 90% dos cânceres de mama. No entanto, o relatório também estabeleceu que, por razões desconhecidas até agora, as mulheres negras continuam sendo mais afetadas pela doença que as brancas e que essa disparidade aumentou nos últimos anos.
Embora mulheres negras e brancas tenham registrado uma taxa de mortalidade similar na década de 80, atualmente a mortalidade entre as afro-americanas é 30% superior à das brancas. Além disso, o documento indicou que as mulheres negras apresentam uma maior incidência de tumores e que sua sobrevivência é inferior à das brancas quando o câncer está propagado pelo corpo.
Segundo Michael Thun, vice-presidente de pesquisas e epidemiologia da Sociedade de Oncologia dos Estados Unidos, ainda não se sabe exatamente as razões desta disparidade. Thun acrescentou que, no entanto, sabe-se que a taxa de mortalidade está associada em grande medida a fatores sócio-econômicos.
- Quanto melhor for a posição econômica, melhor acesso terá ao diagnóstico, especialmente quando se trata de mamografia, e a um tratamento adequado. Nestes casos, o câncer de mama costuma ser diagnosticado muito cedo e tratado de forma muito mais agressiva - afirmou.
Este tipo de câncer é o mais diagnosticado entre as norte-americanas e calcula-se que este ano serão detectados mais de 211 mil casos nos quais a doença já estará avançada, provocando um total de 39,8 mil mortes.
Rio de Janeiro, Sexta, 29 de Março de 2024
EUA: Mortes por câncer de mama diminuem
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Publicado Terça, 18 de Novembro de 2003 às 21:08, por: CdB
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